Israel diz que área onde ocorrerá construção está sob sua soberania O Ministério da Habitação de Israel anunciou que vai construir mais de 300 novas casas em Har Homa, um bairro judeu em Jerusalém Oriental que foi ocupado pelos israelenses em 1967.A medida foi criticada pelos palestinos, que acusam Israel de prejudicar a retomada recente das negociações de paz, na Conferência de Annapolis, nos Estados Unidos, na semana passada. Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, disse que a construção em Har Homa não constitui uma violação dos planos de paz para o Oriente Médio. Regev acrescentou que o governo faz uma distinção clara entre a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, área que, segundo ele, "está sob a soberania de Israel". "Israel nunca se comprometeu a limitar sua soberania em Jerusalém", afirmou. Mensagem urgente O negociador palestino Saeb Erekat enviou uma mensagem urgente para a secretária de Estado americana Condoleezza Rice para pedir que o projeto seja interrompido. "Esta é uma violação grosseira do plano de paz para o Oriente Médio que vai prejudicar (as negociações de) Annapolis", disse Erekat. O representante palestino acrescentou que os assentamentos judeus em expansão são uma ameaça ao Estado palestino independente proposto nas negociações de paz. Segundo o correspondente da BBC no Oriente Médio, Paul Wood, os palestinos acusam Israel de tentar cercar o que seria sua capital, Jerusalém Oriental, e tentar isolar esta área do resto da Cisjordânia. Depois das negociações na reunião de Annapolis, os dois lados concordaram com a volta da implementação de um plano dos países ocidentais para a paz na região que inclui a paralisação na construção de novos assentamentos judeus. Um grupo de ativistas israelenses afirma que o governo de Israel cumpriu apenas 3% das suas ordens de demolição em assentamentos judeus na Cisjordânia. A partir de números do próprio governo de Israel, o grupo Peace Now afirma que, nos últimos dez anos, cerca de 3,5 mil ordens de demolição foram estabelecidas. O grupo ativista diz que os militares israelenses entregaram 3.449 protocolos a respeito de construções ilegais na última década, mas apenas 107 imóveis foram demolidos. -- Magal Visite http://www.correioregional.com/
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