Conferência que questiona Holocausto começa no Irã

Conferência que questiona Holocausto começa no Irã

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Judeus participam da conferência em Teerã sobre o Holocausto
Rabinos ortodoxos estão entre os 67 pesquisadores convidados
Uma conferência de dois dias que vai questionar a ocorrência ou não do Holocausto durante a 2ª Guerra Mundial começou nesta segunda-feira, em Teerã.

Os organizadores insistem que o evento Revisão do Holocausto - Uma Visão Global servirá para levantar "questões sem preconceitos" sobre o Holocausto, como discutir se, de fato, o regime nazista utilizou câmaras de gás para o extermínio de judeus.

"O objetivo desta conferência não é negar nem confirmar o Holocausto, mas (dar) uma oportunidade para as pessoas expressarem opiniões que não podem expressar com liberdade na Europa", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki.

O encontro patrocinado pelo governo iraniano terá a participação de 67 pesquisadores de 30 países diferentes.

A conferência tem gerado protestos por parte de sobreviventes dos campos de concentração, organizações judaicas, ativistas pelos direitos humanos e governos ocidentais como o da Alemanha, onde a negação do Holocausto é considerada um crime.

A conferência foi inspirada pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que desde que assumiu o poder, em 2005, tem criado grande polêmica na comunidade internacional ao afirmar que o Holocausto é um "mito" e ao chamar Israel de "tumor".

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polêmica

 

 

PARTICIPANTES DO EVENTO
Fredrick Toeben, australiano, esteve na cadeia na Alemanha por incitamento e insulto à memória dos mortos.
Robert Faurisson e George Thiel, franceses, foram condenados na França sob acusação de violar as leis que proíbem a negação do Holocausto.
David Duke, americano, ex-líder da organização racista Ku Klux Klan.

Frances Harrison, correspondente da BBC em Teerã, diz que o governo iraniano está ciente de
que o evento causará irritação, mas a idéia é testar o comprometimento ocidental com a liberdade de imprensa.

De acordo com Harrison, o Irã está traçando um paralelo com a polêmica causada pela publicação das charges que retratam o profeta Maomé, que provocaram protestos de muçulmanos pelo mundo.

Um dos participantes do evento é David Duke, ex-líder da organização racista amerciana Ku Klux Klan.

"É preciso que tenhamos liberdade de expressão. É um escândalo que não possamos discutir o Holocausto livremente", afirmou Duke à agência de notícias Reuters. "Essa proibição faz com que as pessoas fechem os olhos para os crimes de Israel contra o povo palestino."

Rabinos foram convidados a participar do evento. O britânico Ahron Cohen disse que foi à conferência para expressar o ponto de vista "judeu ortodoxo".

'Injustiça'

"Certamente, dizemos que houve o Holocausto, pois nós passamos por ele. Mas o que não pode acontecer é que ele sirva de desculpa para que atos de injustiça sejam cometidos contra os palestinos", disse.

Maquete de campo de concentração
Maquete de campo de concentração exposta na conferência

Alguns judeus vindos da Europa e dos Estados Unidos participavam do evento vestidos com longos casacos, chapéus pretos e broches que protestavam contra Israel. Um dos broches dizia: "Judeu sim, sionista, não".

A comunidade judaica no Irã, que tem cerca de 25 mil pessoas, ficou irritada com a conferência, de acordo com o único representante judeu no Parlamento iraniano, Moris Motamed.

"Negar o Holocausto é um insulto", disse Motamed. "O governo insulta toda a comunidade judaica ao fazer esta conferência."

 


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Magal
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