Os marranos no Brasil já podem iniciar o processo de retorno ao judaísmo, oficialmente, por meio do Centro Beith Arie, no Recife, que tem o apoio do Grande Rabinato de Israel, desde 2005. “Essa foi a primeira vez que se reconheceu o direito aos marranos de querer voltar às origens. Um rabino de Israel veio ao Brasil para ajudar a encontrar o caminho ao judaísmo no Recife”, explicou o rabino Avraam Amitai, da Comunidade Judaica de Recife.
Os encontros são feitos, pelo menos, duas vezes por semana, para estudar hebraico, judaísmo e, principalmente, sobre o marranismo. “Já enviamos um marrano para Israel, por dez dias, para estudar. Vamos enviar, em breve, outros dois jovens marranos para lá. O apoio do Grande Rabinato de Israel é que nos permite facilitar esse intercâmbio na Yemin Ord”, disse Amitai.
O rabino explicou ainda que recebe pedidos de retorno ao judaísmo de marranos da Paraíba, de Rondônia, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. “Este centro, em Recife, é o único, oficial, que se dedica aos marranos. Bom seria se todas as regiões do país tivessem um centro como esse. De qualquer forma, nunca deixo de atender aos pedidos dos marranos, estejam onde estiverem.”
Amitai explica que há duas maneiras de se tornar um judeu. “O primeiro é a conversão. No caso dos marranos, o que acontece é o retorno, ou seja, eles já têm a descendência judaica e apenas passam pelo processo de retorno aos costumes judeus.”
Como posso conhecer melhor o trabalho do Rav Amitai?
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