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Abbas aceita encontro com Olmert 'sem condições'

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse, neste domingo, estar disposto a se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, em uma reunião sem condições previamente determinadas.

A declaração foi feita um dia após o premiê israelense também manifestar sua disposição em se encontrar com Abbas.

As declarações dos dois líderes ocorreram depois de encontros com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que esteve reunido no sábado, em Jerusalém, com Olmert e, neste domingo, na Cisjordânia, com Abbas.

O já complicado processo de retomada das negociações passou a enfrentar um novo obstáculo quando, em janeiro deste ano, o grupo islâmico Hamas venceu as eleições parlamentares palestinas.

Blair não se encontrou com nenhum representante do Hamas, mas fez um apelo, após o encontro com Abbas, para que os palestinos formem um governo de união nacional, com o qual a comunidade internacional possa ter relações.

Boicote

Países ocidentais têm boicotado o governo liderado pelo Hamas, eleito em janeiro, por causa da posição anti-Israel declarada do partido.

Analistas vêem essa declaração de Blair como uma primeira sugestão de que seria possível mudar a posição atual e reconhecer um governo palestino com mais ampla representatividade, ainda que inclua o Hamas.

"Eu acredito que um governo assim, baseado nas exigências do Quarteto, ofereça a possibilidade de novo engajamento da comunidade internacional", disse Blair.

O Hamas, no entanto, já reagiu à declaração divulgando um comunicado, logo após o encontro entre Blair e Abbas, em que rejeita apelos para que modere sua posição anti-Israel.
O porta-voz do partido, Sami Abu Zuhri, disse que o grupo está pronto para formar um governo de coalisão com os moderados do Fatah, mas não "de acordo com padrões impostos".

Soldado capturado

No sábado, Olmert havia afirmado que um possível encontro com Abbas não estará condicionado à libertação do soldado israelense, Gilad Shalit, capturado por militantes palestinos, mas afirmou que o caso estará entre os principais assuntos que serão abordados.

A última vez que Olmert e Abbas se encontraram foi em junho, pouco antes da captura do soldado Shalit.

Desde então, mais de 200 palestinos foram mortos em ataques israelenses a Gaza.

O frágil cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah também foi discutido no encontro com Olmert.

Sobre o confronto no Líbano, Blair disse que quer trabalhar para garantir a implementação completa da resolução da ONU que pôs fim à violência.
"Se a (resolução) 701 for implementada completamente, isso será um grande avanço estratégico para a paz na região", disse Blair.

O correspondente da BBC em Jerusalém, James Reynolds, disse que há certa ironia na visita de Blair, já que sua proximidade com os Estados Unidos na política externa britânica para o Oriente Médio é, em parte, responsável por ameaçar sua posição dentro da Grã-Bretanha.

Na semana passada, Blair sofreu um duro golpe com a renúncia a cargos no governo de oito integrantes do seu partido, o Trabalhista.

Eles exigiam que Blair determinasse uma data para deixar o posto de primeiro-ministro o mais rápido possível. Espera-se que Blair deixe o cargo nos próximos 12 meses.

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