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Israel intensifica ataques no Líbano enquanto cessar-fogo não é decidido

BEIRUTE, 11 ago (AFP) -
O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert ordenou a exército que se prepare para lançar uma ofensiva terrestre ampliada no Líbano, enquanto franceses e norte-americanos redobravam seus esforços na ONU para resolver um conflito que nesta sexta-feira deixou 15 civis libaneses mortos.

Soldado israelense faz sinal de positivo antes de partir para missão no Líbano

Segundo fontes ligadas ao governo israelense, Olmert e o ministro da Defesa Amir Peretz ordenaram ao exército que se prepare para ampliar a ofensiva terrestre no Líbano de acordo com a decisão tomada na quarta-feira pelo gabinete de segurança.Enquanto isso, a aviação israelense bombardeou violentamente nesta sexta-feira diversas regiões do Líbano, entre elas o subúrbio xiita de Beirute, ao sul, uma praça-forte do Hizbollah que foi alvo de doze ataques intensivos em menos de uma hora.


A aviação também atacou o norte e o leste do país.Quinze civis morreram e nove ficaram feridos em um bombardeio israelense contra uma ponte do norte do Líbano nesta sexta-feira, segundo fontes médicas libanesas.Os caças-bombardeiros israelenses atacaram a ponte de Hissa, no platô de Akkar, na zona da fronteira com a Síria, e voltaram a atingir o mesmo alvo quando os habitantes da região estavam no local para ver os estragos, informou a polícia.

As vítimas foram levadas para três hospitais de Akkar.A aviação israelense também atacou a estrada que leva ao posto de fronteira de Arida, entre Líbano e Síria, no norte libanês.No leste do Líbano, os aviões bombardearam a estrada internacional Beirute-Damasco, na altura do posto de fronteira de Masnaa.Os aviões de Israel também atacaram a localidade vizinha de Habchit, cerca de 20 km a nordeste de Trípoli, informou a polícia.

No sul, os combates prosseguiam entre o Hezbollah e o exército israelense, que avança no setor tentando instaurar uma zona de segurança e afastar de sua fronteira os milicianos xiitas, que opõem forte resistência e continuam disparando foguetes contra Israel.Centenas de veículos de civis e militares libaneses escoltados por capacetes azuis da ONU também abandonaram nesta sexta-feira Marjayun, cidade cristã do sul do Líbano, para escapar da zona de combate.
Depois do anúncio de avanços para a conclusão na ONU de um acordo que ponha fim ao conflito, as negociações voltaram a marcar passo. Os Estados Unidos e a França não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos de uma resolução que seja aceitável para toda as partes.
Nestas circunstâncias, Moscou apresentou um texto ante o Conselho de Segurança, cuja adoção levaria a um cessar imediato e completo das hostilidades por um período de 72 horas por razões humanitárias.O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin comentou que seu país não quer interferir na tentativa franco-americana de encontrar uma solução em longo prazo para a situação, mas destacou que a situação humanitária é catastrófica e requer uma ação imediata.

O representante de Israel na ONU, Dan Gillerman, expressou nesta sexta-feira a oposição de seu país à proposta da Rússia que pede um cessar-fogo de 72 horas por razões humanitárias."Seria uma solução muito ruim" para a crise, pois esta resolução "permitiria ao Hizbollah retomar suas forças e se reorganizar", declarou o embaixador de Israel à rádio pública israelense.O diplomata considerou que a proposta russa reflete, antes de mais nada, o desejo de Moscou de "manifestar uma política independente" na perspectiva de solução para o conflito.

O representante israelense na ONU reafirmou que um cessar-fogo deve visar a uma solução a mais longo prazo.O embaixador americano ante a ONU, John Bolton, disse que os esforços de negociação serão retomados nesta sexta-feira, depois de uma reunião com seu colega francês Jean-Marc de La Sablière e uma delegação da Liga Árabe dirigida pelo por seu secretário-geral, Amr Mussa, antes de um encontro entre os cinco Grandes.

A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, se encontra na sede das Nações Unidas para dirigir o grupo de potências mundiais.

O básico das conversações se refere agora à data e às modalidades de uma retirada das tropas israelenses do sul do Líbano e de sua substituição pelo exército libanês, em coordenação com a Finul (Força Interina da ONU no Líbano), segundo os diplomatas.

A França propôs uma emenda ao projeto inicial, sugerindo uma retirada gradual das forças israelenses e sua substituição também gradual pelo exército libanês.Segundo uma fonte ligada às negociações, o Líbano insiste para que os 15 mil soldados que deseja posicionar ao sul depois da retirada israelense sejam apoiados pela Finul e não por uma força internacional.

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