"Esta viagem transmite a mensagem que tudo está bem e talvez até legitime uma nação que demanda a destruição de outra", declarou hoje o embaixador de Israel perante a ONU, Dani Guillerman, à rádio pública israelense.
O diplomata revelou que falou com o secretário-geral e que lhe pediu para cancelar a viagem. "Espero que reconsidere sua postura", acrescentou o embaixador.
Annan tem viagem a Teerã marcada para a semana que vem, mas não se sabe se fará a viagem depois que o presidente iraniano fez um chamado há poucos dias a "riscar Israel do mapa".
Vários embaixadores do Conselho de Segurança recomendaram ao secretário-geral que adie a visita porque sua presença em um país que pede a destruição de outro membro da ONU pode ser mal-interpretada e contraproducente para a condenação que ele mesmo fez a essas declarações, informa o jornal Ha''aretz hoje.
O embaixador dos Estados Unidos, John Bolton, afirmou que "o secretário-geral deve levar em conta todos os fatores ao decidir se fará ou não essa viagem".
Assim como muitos Governos do mundo, Annan expressou na quinta-feira sua "consternação" pelas palavras de Ahmadinejad, cujo Governo esclareceu ontem que não tem intenções de atacar Israel, mas não se retratou da necessidade de eliminar este país.