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Aniversário de Nascimento de Anne Frank

Saiba um pouco mais sobre a menina judia holandesa Anne Frank. 

A história de Anne começa na Alemanha dos anos 20. Filha de Otto Frank (nascido em Frankfurt am Main, Alemanha, no dia 12 de maio de 1889) e Edith Holländer (nascida em Aachen, Alemanha, no dia 16 de janeiro de 1900), seus pais se casaram numa sinagoga no dia 12 de maio de 1925. 

Os recém -casados foram morar na casa da mãe de Otto, Alice Frank-Stern (o pai de Otto falecera em 1909). Nove meses depois, no dia 16 de fevereiro de 1926, a primeira filha do casal, Margot, nasceu em Frankfurt am Main. No outono do ano seguinte, a família Frank mudou-se para uma nova casa (Marbachweg, 307). 

No dia 12 de junho de 1929, nasceu Annelise Frank. 

Em março de 1931, a família Frank mudou-se para Ganghoferstrasse, 24 (Frankfurt am Main). Em 1933, com a subida ao poder de Adolf Hitler, a família Frank decidiu mudar-se para a relativamente segura Amsterdam, na Holanda. Para tanto no verão Edith, Margot e Anne foram morar com a avó materna Holländer, em Aachen, enquanto Otto partiu para Amsterdam para organizar as coisas. 

No dia 15 de setembro de 1933, Otto Frank inaugura a Opekta-Works (especializada na produção de pectina, uma substância usada na fabricação de geléias. Em outubro de 1933, Alice Frank-Stern (mãe de Otto) mudou-se para a Basiléia na Suiça. No dia 5 de dezembro de 1933, Edith e Margot mudaram-se para Amsterdam (Anne permaneceu em Aachen com sua avó materna até que as coisas se estabilizaram na Holanda). 

No verão de 1937, a família Van Pels trocou Osnabrück na Alemanha, por Amsterdam. No dia 1º de junho de 1938, Otto Frank em parceria com Hermann van Pels inaugurou a Pectacon B.V., especializada na produção de ervas utilizadas no tempero de carne. No dia 8 de dezembro do mesmo ano, Fritz Pfeffer trocou a Alemanha pela Holanda. Em março de 1939, a situação dos judeus na Alemanha começou a ficar intolerável. Isso obrigou a avó materna de Anne a deixar Aachen, indo morar com a família Frank em Amsterdam. 

Em maio de 1942, todos os judeus com mais de seis anos de idade foram obrigados a usar a estrela amarela de David costurada em suas roupas (para separa-los dos não-judeus). Segundo Anne escreveu em seu diário mais tarde, as coisas não eram mais as mesmas. No dia 12 de junho de 1942, quando Anne completou 13 anos de idade, ela recebeu de presente um caderno para diário, revestido de tecido xadrezado vermelho e verde e fechado por um fecho simples, sem chave. Nesse mesmo dia ela escreveu: "Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (12 de junho de 1942). 

No Anexo, Anne queria manter correspondência com pessoas do mundo externo, o que era extremamente perigoso e a obrigou a criar amigos imaginários para quem escrevia cartas em seu diário. Com o tempo ela restringiu essas cartas para apenas uma "amiga": Kitty. Em seis meses ela tinha preenchido o primeiro caderno, passando para um segundo que se perdeu, e mais dois cadernos. 

Esses ficaram conhecidos como versão "A". Em março de 1944, depois de ter ouvido uma transmissão na rádio inglesa de Gerrit Bolkestein, membro do governo holandês no exílio, convidando os cidadãos a preservarem suas histórias de guerra, Anne, decidiu que assim que a guerra terminasse, ela publicaria um livro baseado em seu diário (até então ela escrevia seu diário estritamente para si própria). 

A partir de maio de 1944, em um período de dois meses e meio, Anne começou a revisar fervorosamente seu diário com o intuito de publicá-lo (em 4 de agosto do mesmo ano, data em que os moradores do Anexo foram presos pelos nazista, Anne ainda não tinha completado sua revisão) . Essa ficou conhecida como a versão "B". 

Depois que o Anexo foi invadido de surpresa pela polícia nazista em 4 de agosto de 1944, Miep e Bep Voskuijl subiram até o esconderijo e encontraram os cadernos e anotações de Anne espalhados pelo chão. Miep os guardou (sem nunca tê-los lido) com o intuito de entregá-los para Anne quando a menina voltasse. Quando a guerra terminou e Miep soube que Anne tinha morrido, entregou o material para Otto Frank, recém chegado em Amsterdam dos campos de concentração com as seguintes palavras: "aqui está o legado de sua filha Anne para você". Regularmente, Otto passou a traduzir para o alemão trechos do diário da filha, para anexá-los junto com as cartas que mandava para sua mãe residente na Basiléia (Suiça).No dia 3 de abril de 1946, um jornal alemão noticiou a existência do diário de Anne. Em 1947, Otto Frank, encorajado pelos amigos, decidiu publicar uma versão de "B" com muitas modificações. Com o título, que já tinha sido escolhido por Anne, "O Anexo Secreto", o livro foi publicado na Holanda pela primeira vez em junho de 1947. Com uma edição inicial de 1500 cópia, "O Anexo Secreto" foi traduzido e publicado em mais de 60 linguas, sendo um dos livros mais lidos no mundo. 

Um texto teatral baseado no diário foi escrito com a colaboração de Otto Frank, estreando em Amsterdam no dia 27 de novembro de 1956; também foi feito um filme, cuja première aconteceu no City Theatre de Amsterdam em abril de 1959. Pelo o que se sabe, Otto jamais quis ver a peça ou o filme. Em 1986, o Instituto de Documentação de Guerra de Amsterdam, que tinha recebido a custódia dos diários, publicou a chamada edição crítica, comparando as versões, com análise científica, para provar que os diários de Anne foram escritos por ela mesma, nos anos de 1942-1944, enquanto estava escondida, o que comprovou para sempre a autenticidade do Diário de Anne Frank. 

Uma nota de rodapé para a versão "A" reconhecia a omissão, a pedido da família, de um trecho de 47 linhas que apresentava um "quadro extremamente impiedoso e particularmente injusto do casamento dos seus pais". Mas, na versão B, não houve menção a nenhuma parte faltante - as 47 linhas de revisão que Frank tirou. Em 1995, a editora Doubleday, agora parte da Random House, apresentou uma "edição definitiva" para lembrar o 50º aniversário da morte de Anne na qual incluiu 30% a mais de material do que Otto Frank tinha permitido na versão "C" originalmente publicada. Mas a edição definitiva também não tinha os trechos de revisão que agora apareceram. A descoberta recente das novas páginas do diário causou confusão na Random House que afirma que qualquer providência para republicar o livro com o material até então omitido terá de esperar por uma resolução de questões jurídicas. 

A Doubleday, que tem os direitos de publicação do diário em capa dura para a América do Norte, e a Bantam, que tem os direitos para publicação na forma de brochura, não pretendem pagar uma quantia extra para republicar o livro com o novo material. Peter Romijn, chefe de pesquisa do Instituto de Documentação de Guerra, disse que uma nova impressão da edição crítica já estava programada e agora deve incluir o novo material. Recentemente Melissa Muller ficou sabendo que não teria permissão para citar o novo material no seu livro, decisão que atribui a problemas comerciais, assim como um esforço equivocado de proteger Otto Frank. 

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Questionamento da Autenticidade do Diário de Anne e a confirmação de sua veracidade Desde 1975, H. Roth vinha publicando com sua própria companhia revistas e folhetos com títulos como "Anne Frank's Tagebuch - eine Fälschung" ("O Diário de Anne Frank - uma Fraude"). Em 1976, Otto Frank conseguiu impedir a distribuição desses panfletos. A Casa de Anne Frank se envolveu no caso como co-autora do processo. 

Dois anos depois o juiz decidiu proibir Roth de expressar em público suas idéias sobre o diário sob penalidade de pagamento de multa ou prisão de seis meses. No recurso de apelação Roth apresentou um relatório de R. Faurisson para quem pediu um extensivo exame sobre a autenticidade do diário. O relatório não convenceu a corte e o recurso foi rejeitado em julho de 1979. Em 1980, Faurisson publicou em francês o resultado de seu relatório com o título "Le journal d'Anne Frank est-il authentique?". Em 1985, na Bélgica, apareceu uma tradução alemã do relatório de Faurisson: "Het dagboek van Anne Frank: een vervalsing". Esta sem o sinal de pergunta. Houveram dois processos judiciais a respeito da autenticidade do diário baseados na liberdade de expressão. Ambos os casos ocorreram na Alemanha em 1979. O primeiro caso foi baseado na distribuição dos panfletos do radical extremista de direita E. Schönborn em 1978 em Frankfurt. 

A publicação alegava que o diário de Anne Frank era uma falsificação e produto da propaganda judaica sobre as atrocidades alemãs para suportar a morte dos seis milhões de judeus e para financiar o estado de Israel. No segundo caso, em Stuttgart, o nazista W. Kuhnt foi acusado de publicidade incitando o ódio racial e difamação da memória de pessoas mortas. Huhnt escreveu em uma publicação de extrema direita que o diário era "eine Fälschun" ("uma fraude") e "ein Schwindel" ("uma mentira"). 

Em ambos os casos a corte decidiu que se a queixa realmente persistisse pela parte prejudicada a acusação de blasfêmia poderia ainda prosseguir. Essa determinação causou um certo tumulto na imprensa. Em 19 de março de 1993, após vários anos, um caso em Hamburgo também chegou ao fim. A autenticidade do diário de Anne Frank também estava sendo questionada lá. Isto começou em 1976 quando a peça teatral baseada no diário estreou no local. E. Römer distribuiu panfletos intitulados de "Best-Seller - ein Schwindel" ("Best-Seller - uma Mentira") que alegava que o diário era uma falsificação. O promotor público decidiu processar Römer novamente. Otto Frank foi co-autor do processo. Em 1977 a corte distrital multou Römer. Durante o período de apelação um companheiro seu de direita, E. Geiss, distribuiu panfletos na sala de audiência alegando que o diário era uma grande fraude. Ambos foram condenados. 

O Laboratório Criminal Alemão, o Bundeskriminalamt (BKA) foi convidado a examinar o tipo de papel e os tipos de tinta usados nos manuscritos do diário de Anne. Os resultados mostraram que o papel e a tinta em questão tinham sido usados durante a guerra e por alguns anos depois. Consideravelmente o BKA concluiu que "as últimas correções feitas nas folhas soltas do diário foram escritas em caneta esferográfica azul, verde e preta". Analisando as descobertas do BKA, ficou impossível considerá-las corretas já que não foram mencionados o local exato, natureza e extensão dessas supostas correções. 

Durante o caso de Stielau, vinte anos antes, os especialistas em manuscritos já tinha dito que todo o trabalho tinha sido escrito pela própria Anne Frank. O relatório do BKA mostrou ter muitos erros no seu veredicto. Em 1980 a revista alemã Der Spiegel publicou um artigo baseado nas conclusões do relatório do BKA. A mensagem do artigo era: "este questionamento sobre a autenticidade do documento vai continuar". 

E isto causou uma enorme perturbação no país e fora dele. Em agosto de 1980 Otto Frank morreu. Os manuscritos de sua filha foram deixados para a Alemanha que entregou os documentos para o Instituto de Documentação de Guerra dos Países Baixos (RIOD - Rijksinstituut voor Oorlogsdocumentatie). Otto Frank nomeou a Fundação Anne Frank na Basiléia como sendo a herdeira do copyright do diário. 

O RIOD decidiu publicar todo o diário de Anne Frank em uma versão detalhada, em parte como resposta para os contínuos ataques a respeito da autenticidade do diário. O "Gerechtelijk Laboratorium" em Rijswijk foi convidado a conduzir um extensivo exame dos manuscritos de Anne considerando sua letra e outros aspectos técnicos. 

O BKA foi convidado pelo "Gerechtelijk Laboratorium" a indicar onde eles tinham encontrado tinta de caneta esférica sendo que nesse momento ele (BKA) foi incapaz de apontar uma só correção desse tipo. Em 1986 os diários completos de Anne Frank e os resultados positivos dessa pesquisa de laboratório foram publicadas com o título "De dagboeken van Anne Frank" ("O Diário de Anne Frank") e a autenticidade do diário foi definitivamente comprovada.

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