deputado Vladimir Beliak, do partido Yesh Atid, sendo destituído do Comitê Especial para a Lei de Comunicações no Knesset, em 8 de dezembro de 2025. (Yonatan Sindel/Flash90)
O deputado Vladimir Beliak, do partido Yesh Atid, acusa o ministro da Cooperação Regional, David Amsalem, de racismo, afirmando aos parlamentares presentes no plenário que o político sênior do Likud o teria dispensado dizendo: "Não entendo seu hebraico".
Falante nativo de russo, Beliak nasceu na União Soviética e imigrou para Israel aos vinte e poucos anos.
“Eu represento a comunidade Mizrahi”, ou Sefardita, “muito mais do que você”, disse ele a Amsalem da tribuna do Knesset após o suposto incidente. “Tenho orgulho do meu nome, da minha língua materna e do meu sotaque. Imigrei para Israel… sem saber uma palavra de hebraico. É esse racismo que, repetidamente, destrói a sociedade israelense.”
“Durante 10 anos, ele esteve no Knesset reclamando que o 'discriminavam' por ser mizrahi. Mas quando se trata de imigrantes de língua russa, tudo lhe é permitido”, acrescentou em um tweet posterior.
Amsalem já havia acusado o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de racismo e de "humilhar" os apoiadores do partido sefardita depois de não ter recebido as pastas ministeriais que havia solicitado.
A deputada Adi Ezuz, do partido Yesh Atid, também criticou duramente Amsalem, declarando que ele "é um ministro indigno de ocupar o cargo por um minuto sequer, e como mulher mizrahi, sinto vergonha de que ele transforme toda uma comunidade em uma caricatura".
“O que eu disse para ele? Que eu não entendia o hebraico dele? Campeões mundiais em causar polêmica”, responde Amsalem.
