Quase um milhão de pessoas são esperadas em Jerusalém para lutar contra o movimento anti-reforma judicial
Yated Ne'eman , um jornal popular entre a comunidade ultraortodoxa, convocou seus leitores a não participarem da 'Marcha de um Milhão de Homens' planejada em Jerusalém na quinta-feira em apoio à reforma judicial proposta pelo governo.
"Estamos obviamente indo na direção da direita, seguindo as instruções de nossos rabinos, mas esta batalha não nos pertence e não estamos nos juntando a ela", explicou o jornal.
"Somos a favor da reforma judicial e contra o domínio do terror liberal na vida das pessoas através da ditadura, mas nenhum ultraortodoxo pisará (nesta manifestação)", continuou o editorial.
"Quem participa de manifestações de extrema-direita não faz parte da nossa comunidade, não é dos nossos, só isso. Está privado de sua cidadania na casa de Deus. Seu passaporte está vencido."
Os organizadores do comício de quinta-feira apresentam a manifestação como uma resposta ao vasto movimento de protesto que se opõe à reforma.
O movimento a favor da reforma é liderado pela nova organização Tekuma 23, criada pelo parlamentar do Likud Avichay Buaron, e também por Beraleh Krombie, assessora de comunicação estratégica e seguidora ultraortodoxa do Chabad.
Segundo os organizadores, espera-se que saiam de dezenas de lugares do país mil ônibus de aluguel particular para levar as pessoas ao comício em Jerusalém.
