Na tarde do dia 29 de novembro de 1947, a Assembleia-Geral da ONU aprovou, por 33 votos a favor, 13 contrários e 10 abstenções, a Resolução 181, oficializando a partilha do território da Palestina – o primeiro passo concreto para a criação do Estado Judeu, que veio a ser proclamado no dia 14 de maio do ano seguinte. Na histórica sessão, presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha, foi decidido que a região seria dividia em oito partes, que formariam um Estado árabe e outro judeu. Os judeus aceitaram a Partilha, os árabes não.
Em 14 de maio de 1948, poucas horas antes de se extinguir o Mandato Britânico na Palestina, Israel proclamou sua independência, mas teve pouco tempo para comemorar. Menos de 24 horas depois, os exércitos do Egito, Jordânia, SÃria, LÃbano e Iraque invadiram o paÃs, forçando Israel a defender a soberania que acabara de reconquistar em sua pátria ancestral. Na chamada Guerra de Independência de Israel, as forças de defesa israelenses expulsaram os invasores em um perÃodo que durou aproximadamente 15 meses e custou a vida de seis mil israelenses (quase 1% da população judaica do paÃs na época).
Com o apoio da ONU, negociações diretas foram realizadas entre Israel e cada um dos paÃses invasores (exceto o Iraque, que se recusou a negociar com o Estado judeu), resultando em acordos de armistÃcio. Assim, a PlanÃcie Costeira, a Galileia e todo o Neguev ficaram sob a soberania israelense, a Judeia e a Samaria (Cisjordânia) ficaram sob o domÃnio da Jordânia, a Faixa de Gaza ficou sob a administração egÃpcia, e a cidade de Jerusalém ficou dividida, com a Jordânia controlando a parte leste, incluindo a Cidade Velha, e Israel, o setor ocidental.
Após a Segunda Guerra, a criação de um lar nacional judaico passou a ser vista pela opinião pública mundial como uma forma de reparação pelo Holocausto.