Talvez nada seja tão prejudicial ao povo judeu quanto a idéia moderna de que o Judaísmo é uma religião. Se somos uma religião, então alguns judeus são mais judeus, outros menos judeus e muitos não são judeus de maneira alguma.
É uma mentira. Somos todos um só. Se um judeu come carne de porco ou trabalha no Shabat, D’us não o permita, é como se todos nós estivéssemos transgredindo junto com ele. Quando o mesmo judeu estende a mão para dar uma esmola a um necessitado, para enrolar o tefilin no braço ou acender uma vela antes do Shabat – todos nós esticamos o braço juntos.
A importância da unicidade judaica
É importante que os judeus se mantenham unidos e observantes. Meu espelho é o movimento chabatnik. “Muitas sinagogas estão vendo seus membros diminuírem,” disse Rabi Motti Seligson, um porta-voz da sede mundial de Chabad em Nova York. Chabad evita o modelo de associação. “Vemos todos os judeus como sendo membros,” explicou Rabi Seligson. “Somos todos judeus. Somos parte de uma grande família. Essa é nossa responsabilidade.” Como ele vê, ”Tudo se resume a Ahavat Yisrael – amor pelo nosso próximo. É esse nosso foco. O grande líder religioso Rabino Jonathan Sacks z”l certa vez disse: “Os nazistas caçavam todo judeu com ódio e o Rebe caçava judeus com amor.
É devido a unicidade do povo judeu e da liderança rabínica que nos mantivemos e nos mantemos unidos. Uma comunidade cuja liderança não busca pela caça espiritual e presencial de almas judias perdidas pelas ruas, pelos bairros, pelas cidades em prol de suas teshuvás, de nada vale. E sob este tipo de liderança, o povo judeu vai se assimilando, olvidando das mitzvot e de toda a sua história. Ser judeu é uma benção e um fardo.
Carregamos a obrigação de trazer luz ao mundo através da prática judaica, do apego as nossas tradições e o apoio ao Estado de Israel enquanto aguardamos Machiach. Sem estas premissas, não existe comunidade judaica.
Shabat Shalom!