Shin Bet diz que cinco suspeitos tiraram fotos de locais significativos em Israel, incluindo o consulado dos EUA em Tel Aviv, sob a direção de um agente iraniano disfarçado de judeu que mora em Teerã e em troca de dinheiro
A agência de segurança doméstica de Israel anunciou na quarta-feira que frustrou uma tentativa do Irã de recrutar israelenses judeus para servir como espiões e coletar informações.
Os suspeitos foram indiciados na quarta-feira no Tribunal Distrital de Jerusalém. Seus nomes estão todos impedidos de publicação sob uma ordem de silêncio emitida pelo tribunal que foi solicitada por seus advogados.
משתמש שדרכו ניסו איראנים לגייס ישראליות למשימות ריגול
Imagem de mídia social do agente iraniano 'Rambud Namdar'
A investigação do Shin Bet e da Polícia de Israel foi lançada há várias semanas depois que se suspeitava que várias mulheres israelenses – todas imigrantes judias do Irã – estavam em contato com a inteligência iraniana.
De acordo com a agência, os israelenses foram contatados via Facebook por um homem chamado Rambud Namdar, que se disfarçava de judeu residente em Teerã.
Rambud solicitou a todos os suspeitos que permanecessem em contato com ele pelo Whatsapp, onde conversaram por vídeo.
Ele nunca mostrou o rosto para as mulheres, alegando que a câmera de seu telefone estava quebrada.
Embora algumas das mulheres suspeitassem que ele fosse um oficial de inteligência iraniano, elas continuaram a falar com ele e concordaram em atender aos pedidos que ele fez e receber dinheiro dele, disse a agência.
Ele disse que uma mulher israelense de 40 anos esteve em contato com ele por vários anos e concordou em fotografar a embaixada dos EUA quando estivesse em Tel Aviv, bem como um escritório do governo israelense e um shopping center. O recrutador pediu que ela incentivasse seu filho a se juntar à inteligência militar para seu serviço obrigatório e até falou com ele por telefone para avaliar suas habilidades no idioma persa, disse.
Outra mulher, de 57 anos, esteve em contato com o suposto recrutador por quatro anos e recebeu um total de US$ 5.000 por várias tarefas. Ela também pressionou o filho a ingressar na inteligência militar e enviou sua documentação militar ao recrutador.
Ela estabeleceu um clube para israelenses de ascendência iraniana para coletar informações sobre eles e tentou cultivar laços com um membro do parlamento de Israel, disse o Shin Bet, sem nomear o legislador. Ela também foi orientada a instalar uma câmera escondida em uma "sala de massagem em sua casa".
"Com suas graves ações, os envolvidos colocaram a si mesmos, suas famílias e cidadãos israelenses inocentes em risco, pois suas informações foram transferidas para a inteligência iraniana, além das informações fornecidas sobre sites israelenses e americanos em Israel, que seriam usado para fins terroristas", disse um alto funcionário do Shin Bet.
O primeiro-ministro Naftali Bennett parabenizou o Shin Bet, dizendo que o Irã está tentando "interromper a estabilidade política em Israel".
Os suspeitos foram indiciados na quarta-feira no Tribunal Distrital de Jerusalém. Seus nomes estão todos impedidos de publicação sob uma ordem de silêncio emitida pelo tribunal que foi solicitada por seus advogados.
