Cobrir a cabeça é um sinal de respeito no oriente, tanto quanto descobri-la o é no ocidente. Usar um chapéu num restaurante, biblioteca ou reunião de diretoria é sinal de falta de boas maneiras no ocidente. Não usar uma cobertura na cabeça durante os serviços religiosos é sinal de pouca fé no oriente. Os judeus têm o costume de cobrir a cabeça há pelos menos 2 mil anos, especialmente durante o estudo e a oração; e as mulheres judias casadas, desde os tempos bíblicos.
O Talmud registra que um homem não deve andar mais de sete passos (“quatro amót”) com a cabeça descoberta. Um rabino observou que usar a Kipá, ou solidéu, não torna um homem religioso, mas não usar uma coloca sua religiosidade em dúvida. Hoje em dia é raro que alguém reze com a cabeça descoberta.
Não há forma prescrita para cobrir a cabeça. O estilo atual de Kipá é uma questão de gosto e também de identidade. Nos Estados Unidos e Israel, os judeus tradicionais usam Kipót (plural de Kipá) de uma só cor, os centristas e sionistas usam um tricotado preso ao cabelo com um grampo, clipe ou velcro; estudantes de Yeshivá de direita usam Kipót grandes de veludo de cores brilhantes; os chassidim usam as pretas com chapéus por cima; algumas crianças pequenas usam as coloridas. Com o aumento da liberdade e, especialmente, com a independência de Israel, a Kipá começou a ser usada como parte normal da indumentária judaica tradicional e foi considerada aceitável em escritórios e outros locais de trabalho em todo o mundo. Existem, porém, alguns observantes tradicionais que só colocam a Kipá antes de abençoar a comida ou rezar na sinagoga. E você, como usa a sua Kipá?
Bem-vindo ao Judaísmo
O rabino (ortodoxo) Maurice Lamm, busca esclarecer o candidato à conversão, ou récem-convertido, o que é o judaísmo, por que vale a pena juntar-se a ele, como fazê-lo corretamente, de acordo com a lei judaica e, finalmente, como superar problemas decorrentes desta corajosa decisão que é um antiquíssimo ritual, liberando-o de uma teia de conceitos errôneos popularmente difundidos, e trata ainda da aplicação da lei nas situações contemporâneas.