"Os nossos pensamentos e orações estão com o povo austríaco, enquanto acompanhamos com preocupação o desprezível ataque terrorista de ontem à noite [segunda-feira] em Viena", declarou o chefe de Estado israelita.
O ataque começou com um tiroteio cerca das 20:00 de segunda-feira (19:00 em Lisboa) numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena, então fechada, próxima de uma área de bares muito frequentada.
O ataque fez pelo menos cinco mortos, incluindo um agressor, e 17 feridos.
O ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, informou hoje que um dos agressores -- que estava armado com uma espingarda de assalto e um cinto de explosivos falsos - era um apoiante do grupo 'jihadista' Estado Islâmico e foi morto pela polícia, enquanto um segundo agressor fugiu e está a ser procurado.
Apesar de as motivações do ataque serem ainda desconhecidas, o chanceler austríaco admitiu poder tratar-se de "um motivo antissemita, pelo lugar onde começou".
Na sua declaração de hoje, Benjamin Netanyahu estendeu o sentimento de condenação ao extremismo islâmico e exortou a comunidade internacional a unir-se na luta contra o terrorismo.
"Israel condena o ataque brutal em Viena e mostra a sua solidariedade para com a Áustria. Os povos civilizados de todo o mundo devem unir-se para derrotar a selvajaria do terrorismo islâmico que ressurge", escreveu o primeiro-ministro israelita na sua conta na rede social Twitter.
A comunidade judaica de Viena informou, entretanto, que suspendeu todas as suas atividades e encerrou sinagogas, escolas e lojas.
Por considerar que a segurança não está garantida, a comunidade judaica também recomendou aos respetivos membros para evitarem sair à rua.
Está prevista para este mês uma visita a Israel do chanceler austríaco, Sebastian Kurz, que hoje confirmou que os ataques terroristas, que ocorreram em seis locais próximos a Seitenstettengasse, na zona central da capital austríaca e perto de uma sinagoga, tiveram um fundamento islâmico, classificando-os como um ato "repulsivo".
"Agora está confirmado, (...) foi claramente um atentado terrorista islâmico. Foi um ataque de ódio contra os nossos valores fundamentais, o nosso modo de vida, à nossa democracia, na qual todos os seres humanos são iguais em direitos e na dignidade", declarou Sebastian Kurz.
Um dos presumíveis autores dos ataques, que foi morto pela polícia austríaca, era um jovem de 20 anos, com dupla nacionalidade austríaca e da Macedónia do Norte, seguidor do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
O suspeito, com antecedentes criminais, já tinha uma condenação anterior por terrorismo e tinha sido colocado em liberdade condicional em dezembro do ano passado.
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