Dez mil pessoas participaram numa manifestação para exigir a demissão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Durante o protesto, 30 manifestantes foram detidos e três polícias ficaram feridos.
A gestão da pandemia e o contexto de crise econômica crescente, com a taxa de desemprego acima dos 20%, estão na origem do descontentamento popular.
Benjamin Netanyahu enfrenta acusações de corrupção e críticas relativas à forma como tem gerido a pandemia em território israelita.
Israel ultrapassou na sexta-feira o número de cem mil pessoas infetadas com o novo coronavírus na segunda vaga que atingiu fortemente o país, com um total de 809 mortes devido à pandemia.
O Governo está a avaliar a implementação de novas restrições para impedir a sua propagação.
O gabinete responsável pela epidemia reuniu-se quinta-feira para decidir sobre novas restrições, embora não tenha chegado a acordo e a votação acabou adiada para a próxima semana.
Uma das questões mais polémicas é o regresso à escola, previsto para 1 de setembro, que alguns especialistas consideram particularmente arriscado, perante o debate sobre se foi um dos principais fatores a provocar a segunda vaga.
O coordenador de Israel para o novo coronavírus, Ronni Gamzu, pormenorizou esta semana a estratégia que pretende implementar para impedir a propagação do vírus, que inclui a atribuição de maiores responsabilidades às autoridades municipais, uma maior ênfase na interrupção da cadeia de infeção e um trabalho mais árduo para reforçar a confiança do público nas recomendações governamentais.
A gestão da pandemia já gerou fortes críticas sociais e levou milhares de pessoas a saírem à rua para se manifestarem contra o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, num contexto de crise económica crescente e com a taxa de desemprego acima dos 20%, mais elevada 17% do que em fevereiro.