
Sarah Bernhardt inspirou de críticas a caricaturas, algumas racistas, sexistas e antissemitas. A atriz se deleitava com sua fama no final do século 19, com seu comportamento não convencional - como o de dormir em um caixão e andar em um balão de ar quente - tanto em público quanto na vida privada.
A atriz judia francesa tornou-se um nome conhecido por seus papéis de personagens, como Cleópatra, e também por seu talento inigualável. Mas a fama de Bernhardt transcendeu o desempenho. Os fãs coletaram avidamente suas recordações, como fotos publicitárias de anúncios de produtos. E ela inspirou extensos comentários na mídia - de cobertura positiva a críticas e charges, algumas racistas, sexistas e antissemitas.
Esse desempenho fez de Bernhardt uma pioneira das celebridades modernas. Se não for a primeira, certamente Bernhardt está entre as primeiras - e certamente entre as mais influentes - celebridades.
Cada capítulo do livro faz referência a Bernhardt como "uma pioneira que estabeleceu um modelo para o estrelato moderno que ainda hoje permanece em vigor" e que a tornou tão famosa como Charlie Chaplin, Marilyn Monroe ou Michael Jackson.
O livro decorre de uma visita à exposição de 2005-06 no Museu Judaico "Sarah Bernhardt: A Arte do Alto Drama", que afastou Marcus de seu foco original, Oscar Wilde. Para pesquisar o livro, Marcus vasculhou os arquivos da Bibliotheque Nationale da França e do Museu Victoria & Albert, no Reino Unido, e leu os textos de todas as peças que Bernhardt atuou nos primeiros 25 anos de sua carreira.
Marcus não queria apenas abordar a celebridade Bernhardt, como era conhecida a atriz, ou focar em comentários de críticos de teatro. Marcus vê a celebridade como uma relação triangular entre as celebridades reais, a mídia e o público. Buscando a perspectiva do público em Bernhardt, ela fez uma descoberta acidental durante uma conferência acadêmica. Uma biblioteca da Universidade Estadual de Ohio tinha mais de 100 álbuns não catalogados que os americanos "comuns" compilaram sobre sua amada estrela.