
“A ameaça representada pelo antissemitismo de direita e pelo terrorismo é elevada na Alemanha”, disse Seehofer em declarações transmitidas pela televisão pública.
Isso significa que um novo ataque pode acontecer “a qualquer momento”, acrescentou.
Seehofer disse que existem cerca de 24.000 extremistas de extrema direita na Alemanha. Ele acrescentou que metade deles é considerada ‘potencialmente violenta’ com “uma probabilidade muito grande de ter armas de fogo”.
O aviso de Seehofer ocorreu dias depois que Stephan Balliet, um ‘lobo solitário’ de 27 anos, ter sido preso por matar duas pessoas em frente a uma sinagoga na cidade de Halle, no dia de Iom Kippur.
Embora ele não tenha conseguido entrar no local, o agressor, armado com quatro rifles e granadas aparentemente caseiras, matou uma transeunte e em seguida um homem que tentava se refugiar em um restaurante de kebab.
A polícia conseguiu prender Balliet – que tinha quatro quilos de explosivos em seu carro – depois de uma troca de tiros que deixou o agressor ferido.
Na sexta-feira (11), um porta-voz da promotoria federal em Karlsruhe disse que Balliet confessou o ataque e confirmou “motivos de extrema-direita e antissemitas”.
Dada a grande quantidade de armas que ele possuía, o número de mortos poderia ter sido muito maior se Balliet conseguisse entrar na sinagoga.
Ele filmou e transmitiu ao vivo o ataque de 35 minutos, enquanto lia um manifesto contra os judeus e negava o Holocausto. Ele também publicou uma mensagem antissemita online.
“Este manifesto apareceu na internet no dia seguinte ao ato”, disse Seehofer, que prometeu reforçar a proteção a sinagogas e a outros locais judaicos.
O ministro anunciou a criação de novos postos de serviços de segurança para esse fim e acrescentou que o governo vai proibir seis pequenos grupos de extrema direita. “Estamos extremamente alertas sobre esse assunto”, disse ele.