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Em evento na Hebraica Rio, comissões da OAB discutiram holocausto e escravidão



A morte da menina Ágatha Felix também foi lembrada durante o encontro

Em evento na Hebraica Rio realizado no último dia 24, comissões e profissionais ligados à OAB RJ discutiram como a experiência da comunidade judaica após o holocausto poderia ajudar os negros a conseguir uma reparação da sociedade devido aos anos de escravidão e suas visíveis consequências para a população negra.

Os participantes do “Desafios & Convergências – Holocausto Judeu e Reparação da Escravidão” fizeram uma análise comparativa entre duas das maiores tragédias já acontecidas na humanidade: o holocausto e a escravidão negra. Para começar, o jornalista Ronaldo Golemvsky exibiu seu documentário “Os judeus da Nigéria”, de 2019, que retrata o cotidiano dos judeus nigerianos – para fazer o material, Ronaldo ficou dez dias pesquisando nas comunidades judaicas emergentes na Nigéria, com especial interesse no Igbo, língua falada no local.

A seguir, nas duas mesas que aconteceram após a exibição do filme, muito se falou sobre como o mundo foi capaz de reparar os descendentes do holocausto judeu, construindo, inclusive, espaços de memória, enquanto que a mesma atenção não foi dada a população negra – inclusive judia. "O evento foi um sucesso e muito exitoso nessa aproximação de temas e em sua proposta de procurar no holocausto judeu uma forma para a reparação da escravidão. Discutimos os motivos, as propostas e as metodologias em que essas lutas possam se somar e se auxiliar no combate ao racismo no mundo, especialmente no Brasil", pontuou Humberto Adami, presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil do Conselho Federal da OAB (CNVENB), que conduziu os trabalhos, informando, ainda, que um novo evento mais encorpado sobre o assunto já está marcado para março, na sede da OAB RJ, e com possível presença de representante do Museu do Holocausto, de Curitiba.

Humberto lembrou, também, a morte da menina Ágatha Felix, que aconteceu no último dia 21 de setembro. “A morte dela, entre outras pessoas da população negra, mostra como a história esqueceu os horrores passados com a escravidão e o Estado não se redimiu. A reparação do Holocausto já houve. A nossa ainda é devida. As chagas ainda estão abertas e precisamos fecha-las imediatamente. É preciso construir uma nova perspectiva para o negro no mundo inteiro. Em outros países, ainda que timidamente, esse empoderamento já começou. Mas aqui, um país com maioria negra, impressionantemente ainda pagamos um preço alto pela cor da nossa pele”, completou.

Estiveram presentes, também, Ana Tereza Basílio, vice-presidente da Seccional; Ivone Caetano, desembargadora e diretora de igualdade racial da OAB RJ; André Fontes, desembargador e ex-presidente do TRF-2; Suely Beatriz, vice-presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa da OABRJ, que representou a presidente Guiomar Mairovitch; e Rita Cortez, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).



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Namoro judaico

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