
Uma das principais curiosidades da mostra é a exibição de um curta-metragem de Vlado, que revela uma faceta pouco conhecida do profissional: o minidocumentário "Marimbás" (1963), que retrata um grupo que sobrevivia da pesca no Rio.
Este projeto é fruto de um curso de cinema que o jornalista fez com o cineasta sueco Arne Sucksdorff, importante influência para os diretores do cinema novo brasileiro.
A exposição, que ocupa o primeiro andar do Itaú Cultural, também aborda sua morte precoce, aos 38 anos, quando foi encontrado enforcado na cela do DOI-Codi durante a ditadura - militares disseram à época que ele cometeu suicídio. O caso de Herzog se tornou um símbolo na luta pelos direitos humanos.
Seu lado jornalista é valorizado por nomes como Zuenir Ventura, que, em depoimento, diz que Herzog foi um dos melhores editores com quem ele trabalhou, pelo ótimo texto e por ser extremamente detalhista na apuração.
A vinda da sua família, da Croácia para o Brasil, também é relembrada em fotos, cartas e outros documentos.