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Auschwitz inaugura exposição inédita sobre religião, fé e sobrevivência

Auschwitz inaugura exposição inédita sobre religião, fé e sobrevivência O Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, inaugurou a exposição "Através da Lente da Fé", em que 21 sobreviventes contam sobre os seus questionamentos com relação à religião e a fé durante o período em que estiveram confinados no campo. A exposição marca do 75º aniversário de libertação do campo.
"Através da Lente da Fé" centra-se nos depoimentos de 21 sobreviventes que contam como lidaram com a fé e a religião durante e após o período em que estiveram confinados no campo da morte.
O sobrevivente de Auschwitz Avraham Zelcer olha fixamente para a câmera. A manga de sua camisa enrolada revela o número tatuado em seu antebraço esquerdo há mais de três quartos de século, quando foi deportado para o campo de concentração da Checoslováquia. Embora o campo tenha sido libertado em 27 de janeiro de 1945, Zelcer não retornou à fé judaica até um ano depois.
É compreensível que a experiência dos horrores de Auschwitz possa ter abalado suas crenças religiosas. O campo foi palco da morte de mais de 1,1 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo quase um milhão de judeus. No entanto, alguns prisioneiros conseguiram manter sua fé.
Inaugurado em 1º de julho, o projeto é uma parceria entre três especialistas aclamados em suas respectivas áreas de atuação: a fotógrafa Caryl Englander, o arquiteto Daniel Libeskind e o curador do museu Henri Lustiger Thaler,
Ao longo de três anos, Englander, presidente do Centro Internacional de Fotografia, tirou fotos coloridas de cada sobrevivente enquanto eles estavam sendo entrevistados por Lustiger Thaler, o curador-chefe do Museu Memorial Amud Aish, no Brooklyn. Libeskind, israelense-americano - filho de polonês refugiado do Holocausto, cujos projetos incluem o redesenho do Marco Zero e o Museu Judaico de Berlim - criou painéis de aço para expor as fotos, com proteção de vidro exibindo os depoimentos.
Dos 21 sobreviventes, 11 são mulheres e dois morreram depois de terem sido entrevistados. Entre os entrevistados, há 18 judeus.
Alguns, como Zelcer, lutaram para voltar à fé. Outros, como Lea Friedler de Israel, disseram que Deus estava trabalhando no campo para mantê-los vivos através de uma combinação de milagres, bênçãos e mensagens.
Lustiger Thaler disse que "a religião era importante para a maioria das pessoas deportadas para Auschwitz", incluindo judeus, católicos poloneses e outros. Ele acrescentou que a exposição representa "a primeira vez que este elemento de fé está sendo incorporado, e a primeira vez que vai estar na frente dos portões de Auschwitz".
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