No Dia da Recordação do Holocausto, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Reuven Rivlin participaram de cerimônia no memorial Yad Vashem, em Jerusalém, ambos alertando para o aumento do antissemitismo no mundo.
"A direita radical, a esquerda radical e os grupos islâmicos radicais concordam em apenas em uma coisa: o ódio aos judeus", disse Netanyahu.
Netanyahu citou os ataques às sinagogas de Pittsburgh e San Diego, assim como os cartuns antissemitas "em jornais respeitáveis", chamando tais atos de "destruição sistêmica" para minar a legitimidade do Estado judeu.
O primeiro-ministro se referia a um cartum publicado na última quinta-feira (25) na edição internacional do New York Times, em que ele é retratado como um cão-guia conduzindo um cego Donald Trump, usando uma quipá.
O primeiro-ministro também alertou para a crescente influência do Irã como uma ameaça a Israel.
"Hoje, a Europa é mais uma vez perseguida pelos fantasmas do passado. Ideias de raça superior, xenofobia, antissemitismo flagrante, por parte tanto da extrema esquerda quanto da extrema direita, pairam sobre a Europa", disse Rivlin.
Falando sobre o crescente antissemitismo associado ao sentimento anti-Israel, Rivlin disse que não se pode odiar Israel e amar judeus, nem odiar judeus e amar Israel. Sem citar países, Rivlin também alertou contra o 'aquecimento' dos laços entre Israel e líderes de direita que não reconhecem a responsabilidade de sua nação nos "crimes do Holocausto".
"Com o surgimento das forças neofascistas e radicais anti-Israel, poderíamos nos encontrar numa situação em que importantes aliados europeus são liderados por governos que incluem elementos antissemitas ou, pior, chefiados por líderes antissemitas", disse Rivlin.
"Israel deve falar com voz clara e intransigente. Nenhum interesse e nenhuma concessão devem justificar uma aliança desonrosa com grupos ou elementos racistas que não reconhecem seu passado e sua responsabilidade pelos crimes do Holocausto", advertiu.
"É importante ser claro: nós não estamos na década de 1930; não estamos à beira de um segundo Holocausto ou algo parecido. Mas não podemos ignorar o antissemitismo antigo que está mais uma vez ressurgindo, alimentado por ondas de imigração, por crises econômicas e por desilusão com o establishment político. O povo judeu não é mais fraco. Nós não somos impotentes", destacou o presidente.
"Recentemente me aproximei de líderes mundiais para convidá-los para uma conferência internacional que será realizada aqui no Yad Vashem em janeiro próximo, para marcar o 75º aniversário da libertação de Auschwitz. Aqui, em Jerusalém, juntamente com presidentes e chefes de estado, uniremos forças na luta intransigente contra o antissemitismo, xenofobia e negação do Holocausto", anunciou Rivlin.
Quem quiser acender uma vela em homenagem a uma vítima do Holocausto pode acessar o link https://www.illuminatethepast. org/.
É o mal ao se desesperar sabendo do seu fim ,
ResponderExcluirtende a aumentar!