Líderes de três dos quatro principais grupos judaicos americanos disseram que não foram convidados para uma reunião da Casa Branca sobre questões relacionadas à comunidade judaica.
Funcionários de três grupos ortodoxos - União Ortodoxa, Agudath Israel e América Amigos de Lubavitch (Chabad) -, porém, confirmaram que seus líderes foram convidados para o encontro, que deve ocorrer nesta terça-feira.
Funcionários de movimentos conservadores e reformistas, entretanto, disseram que não foram convidados. Um rabino conservador de Washington D.C., Stuart Weinblatt, foi convidado.
"Na terça-feira, 16 de abril, a Casa Branca receberá mais de 80 líderes judeus para um encontro sem fins lucrativos", disse um funcionário da Casa Branca à Jewish Telegraph Agency. Perguntando sobre o critério de escolha dos grupos, o funcionário afirmou: "Isso faz parte do nosso engajamento regular e contínuo com vários líderes religiosos e empresariais".
Em alguns momentos, as correntes mais liberais entraram em atrito com a Casa Branca sobre políticas relacionadas à imigração e à posição do presidente Donald Trump sobre a questão. Os movimentos ortodoxos têm sido mais receptivos às políticas da Casa Branca, particularmente as relacionadas a Israel, incluindo a decisão de Trump de transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém.
Também não foram convidados para o encontro a Liga Anti-Difamação (ADL), o principal grupo judaico de direitos humanos no país, nem a J Street, o grupo liberal de políticas para o Oriente Médio, o HIAS, o principal grupo de defesa da imigração judaica, ou o Fórum de Políticas de Israel, um grupo que defende a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino. O Simon Wiesenthal Center também não foi convidado, embora seu fundador, o rabino Marvin Hier, tenha dado uma bênção na posse de Trump.