E se o “The New York Times”, considerado o jornal mais importante do mundo, publicasse semanalmente o horário de acendimento das velas de Shabat?
Alguém teria que pagar pelo espaço, mas imagine o orgulho e a conscientização judaica que resultariam de uma menção tão importante do Shabat toda semana.
Ele entrou em contato com um filantropo judeu e expôs a ideia.
Custava quase dois mil dólares por semana, mas mesmo assim o filantropo aceitou.
E, durante quase cinco anos, a cada sexta-feira, judeus em todo o mundo podiam ler:
“Mulheres judias, o horário para o acendimento das velas de Shabat nesta sexta-feira em New York é…”.
Por fim, o filantropo teve que cortar alguns de seus projetos.
E, em junho de 1999, o pequeno anúncio de Shabat deixou de aparecer no “The New York Times” para, a partir daquela semana, nunca mais aparecer de novo.
Exceto mais uma vez…
No dia 1º de janeiro de 2000, o “The New York Times” publicou uma “Edição do Milênio”, com um tema especial nas três primeiras páginas.
A primeira página trazia notícias de 1º de janeiro de 1900, a segunda página mostrava as notícias do próprio dia, 1º de janeiro de 2000, enquanto a terceira página projetava futuros eventos para o dia 1º de janeiro de 2100.
Esta terceira página incluía coisas bem humoradas, como as boas-vindas ao estado americano de número 51, Cuba.
Havia também uma discussão sobre a permissão de robôs votarem nas eleições, entre outros artigos interessantes.
Porém, havia algo mais.
Ao pé da terceira página estava o horário de acendimento de velas em Nova York para o dia 1º de janeiro de 2100.
Mas quem teria pago por este anúncio, já que aquele filantropo há muito tempo havia parado de doar dinheiro para isso?
A verdade logo veio à tona:
Ninguém havia arcado com o custo deste anúncio, ele simplesmente foi colocado lá de forma gratuita pelo jornal.
Quando o gerente de produção do “The New York Times”, um católico irlandês, foi questionado a respeito daquele anúncio, ele respondeu:
- Não sabemos o que acontecerá no ano de 2100. É impossível prever o futuro. Porém, de uma coisa vocês podem estar certos:
No ano de 2100, as mulheres judias ainda estarão acendendo as velas de Shabat…”
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