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Bolsonaro deposita flores no Yad Vashem |
O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta terça-feira (2) o centro de
memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, museu público israelense que
lembra as vítimas e aqueles que combateram o genocídio de seis milhões de
judeus pelos nazistas.
Bolsonaro visitou a exposição Flashes of Memory – Fotografia durante o
Holocausto. Ele também depositou flores em homenagem às vítimas do nazismo e
assinou o livro de honra do memorial.
Além do museu, o complexo Yad Vashem abriga um importante centro de pesquisas
sobre o período nazista.
Em seu site, a instituição traz um breve histórico sobre a ascensão do
partido nazista na Alemanha entre guerras.
Outras opiniões
Para
o jornalista do Estado e historiador Marcos
Guterman, o nazismo não pode ser qualificado como de esquerda em nenhuma
circunstância. Em geral, quem usa esse discurso se vale do nome da legenda
nazista: Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Há grupos
na internet que costumam reproduzir essa ideia. “Mas é outro contexto. Não tem
nada a ver com o socialismo marxista. Tem a ver com o sentido da totalidade da
sociedade alemã”, afirmou ele.
Para
Guterman, se trataria de uma argumentação insustentável cujo único objetivo
seria o de mobilizar a militância. “Ele está respondendo a um pensamento do
eleitor.” Em entrevista à Deustche Welle no ano passado, o embaixador da
Alemanha no Brasil, Georg Witschel, chegou a afirmar que essa discussão “não
tinha base honesta”.
O professor alemão Oliver
Stuenkel, da área de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas
(FGV-SP), diz que a afirmação faria parte do “submundo das conspirações”. Para
Stuenkel, a argumentação traz constrangimento, mas há o entendimento de
que ela não representa a totalidade do governo.