Seu visual é inconfundível: o cabelo penteado para trás, preso em um pequeno rabo de cavalo na nuca, óculos de tamanho generoso e golas de renda ou de cores brilhantes sobre a toga.
Podemos ver sua silhueta ou caricatura, colorida ou em preto e branco, em xícaras, camisetas, livros infantis e quadrinhos de super-heróis.
Também em bolsas e até mesmo tatuada nos braços de mais de um millennial. Há bonecas que a evocam e meninas que se fantasiam de juíza Ginsburg no Halloween. Suas frases são impressas em placas, adesivos e cartazes em qualquer manifestação mais ou menos progressista que se preze. Canções e roteiros de filmes foram escritos em sua homenagem. Qualquer contratempo com sua saúde deixa metade dos Estados Unidos em suspense.
Quem desperta essa febre nos EUA não é uma cantora, uma esportista ou uma escritora de best-sellers, e sim a juíza da Suprema Corte norte-americana, Ruth Bader Ginsburg, de 85 anos, uma veterana defensora da igualdade entre homens e mulheres que, há alguns anos, com o impulso das redes sociais, se tornou um ícone da cultura popular, especialmente adorada pelos jovens. Ganhou o apelido Notorious RGB, como um rapper que era chamado de Notorious BIG.
Agora, após o 25º aniversário de sua chegada à mais alta autoridade judicial do país e com saúde frágil, vive uma nova onda de popularidade. No ano passado foram lançados um documentário sobre sua vida, RBG, que foi indicado ao Oscar; o filme biográfico,Suprema, com estreia prevista em 14 de março no Brasil; e também uma outra biografia.