Milhares de judeus ultraortodoxos interromperam de maneira violenta uma oração feminista no Muro das Lamentações do Mulheres do Muro, um grupo de judias religiosas que luta pela igualdade entre homens e mulheres na oração em frente deste lugar, nesta sexta-feira (8), no território ocupado de Jerusalém Oriental.
A oração de hoje, que coincidiu com o Dia Internacional da Mulher, era para comemorar o 30º aniversário do grupo, formado por mulheres judias reformistas, conservadoras e ortodoxas, que reivindicam há três décadas que se permita a oração no muro sem divisão por sexos.
Milhares de adolescentes ultraortodoxas foram ao espaço sagrado para interromper o serviço religioso da associação feminista, informou o jornal local Haaretz.
A Polícia israelense interveio, com vários homens ultraortodoxos que tentaram romper a barreira policial, e duas integrantes do Mulheres do Muro ficaram feridas por agressões.
Durante as orações, a polícia declarou que "atuou-se para separar os grupos em confronto", e segundo o Times de Israel, um jovem ultraortodoxo foi detido após tentar agredir um agente policial.
O Mulheres do Muro acusou a Polícia de "abandoná-las" enquanto eram intimidadas, insultadas e empurradas por uma multidão.
"Milhares de pessoas ultraortodoxas rodearam o grupo de oração das mulheres, as empurraram e bateram nelas", declarou a organização feminista em comunicado, e "devido à negligência da Polícia, duas mulheres tiveram que receber tratamento médico".