A população judia na Judeia e Samaria aumentou 3% em 2018, tendo atingido as 448.672 pessoas, indicou hoje o Conselho de Yesha, a principal organização de colonos israelenses.
A organização, que diz ter utilizado dados do Ministério do Interior, não inclui naquele número os cerca de 200.000 israelenses que vivem em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada, nos bairros árabes da cidade e numa dúzia de bairros construídos depois de 1967.
O Conselho de Yesha lamentou que o aumento da população tenha vindo a ser menor na última década. Em 2008 a taxa foi de 5,8%.
"A conclusão que se impõe é que não há construções novas suficientes nos últimos anos", indica um comunicado da organização.
Uma comissão do Ministério da Defesa israelense aprovou no final de dezembro planos de construção de cerca de 2.200 habitações em colonatos da Cisjordânia, anunciou o movimento anti-colonização israelita Paz Agora.
Segundo esta organização não-governamental, a construção nos colonatos aumentou bastante desde a chegada ao poder no início de 2017 do presidente norte-americano, Donald Trump, grande aliado do governo israelita de Benjamin Netanyahu.
Desde então, as autoridades israelitas aprovaram mais de 15.000 habitações na Cisjordânia, território ocupado há mais de 50 anos pelo exército israelita, precisou a Paz Agora.
Os dois maiores colonatos são habitados em grande maioria por ultraortodoxos. O de Modiin Ilit, a oeste da Ramallah, conta com 72.944 habitantes, e o de Beitar Ilit, a sul de Jerusalém, com 58.774 habitantes, segundo os dados do Ministério do Interior.
Os ultraortodoxos representam cerca de 10% da população israelita e mais de um terço da população dos colonos da Cisjordânia.
O terceiro maior colonato da Cisjordânia é o de Maalé Adumin, a leste de Jerusalém, com 41.220 habitantes.
A colonização é ilegal face ao direito internacional e considerada por grande parte da comunidade internacional como um dos principais obstáculos à paz entre israelenses e palestinos.