Crédito GPO/Haim Zach |
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou a seguinte declaração antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, hoje, que discutirá os túneis de terror do Hezbollah, que violam a soberania israelense e a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU:
"Há algumas semanas, Israel lançou uma campanha para expor e neutralizar uma rede de túneis terroristas transfronteiriços em nossa fronteira norte com o Líbano.
“Desde o início desta campanha, no dia 4 de dezembro, descobrimos, até agora, quatro túneis que entram em nosso território. O objetivo deles é penetrar em nosso território, sequestrar nosso povo, incluindo civis, assassinar civis e conquistar a parte Norte da Galileia.
“Isto não é meramente um ato de agressão: é um ato de guerra. Faz parte de um plano de guerra. A UNIFIL confirmou a existência destes túneis e disse que eles representam uma clara violação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.
“O Hezbollah está fazendo tudo isso porque o Irã o apoia em todos os sentidos, inclusive com o dinheiro obtido através do acordo iraniano fracassado. E isso faz parte da teia de aranha de agressão iraniana.
“É importante entender o que o Hezbollah está fazendo aqui. Ele está cometendo um duplo crime de guerra. Está mirando civis israelenses, enquanto se esconde atrás de civis libaneses. Alvejando civis israelenses, enquanto se esconde atrás de civis libaneses. Isso é um crime de guerra duplo.
“O povo do Líbano precisa entender que o Hezbollah o está colocando em risco. E esperamos que o Líbano tome medidas contra isso, proteste, não ceda. E o fato de que o exército libanês não está fazendo nada significa que eles são incapazes ou não querem, ou ambos, fazer algo sobre isso. Mas isso não isenta a culpabilidade do Líbano. Seu território está sendo usado para atacar nosso território. Seu território está sendo usado para cavar túneis de terror, para aterrorizar, sequestrar e matar nossos cidadãos. Portanto, nós responsabilizamos o Líbano.
“Agora, achamos que a comunidade internacional deve responsabilizar o Irã, o Hezbollah e o Líbano e deve agir em relação a isso. Porque o que estamos vendo não é apenas uma violação grave de nossa soberania e segurança, mas uma grave violação da segurança de qualquer nação.
“O Hezbollah está usando uma em cada três casas em aldeias no sul do Líbano para esses fins agressivos. Uma em cada três! E a ONU sabe disso. Então, o que a comunidade internacional faz? Acho que várias coisas são necessárias e vou especificá-las.
“Pedi às Nações Unidas a convocaçã do Conselho de Segurança e essa reunião está acontecendo hoje. Aprecio o fato de que os Estados Unidos estão assumindo uma posição inequívoca contra o Hezbollah e pressionando para que o Conselho de Segurança realize essa reunião urgentemente.
“A embaixadora Haley tinha razão quando disse, há dois dias, na ONU, que o Hezbollah deve ser condenado porque está "colocando em risco a segurança do povo libanês e violando a soberania de Israel".
“Por isso, peço a todos os membros do Conselho de Segurança que condenem as ações de agressão do Hezbollah; designem o Hezbollah, na sua totalidade, como uma organização terrorista; pressionem por maiores sanções contra o Hezbollah; exijam que o Líbano pare de permitir que seu território seja usado como um ato de agressão e que seus cidadãos sejam usados como peões; e apoie o direito de Israel de se defender contra a agressão iraniana.
“Peço ao Conselho de Segurança que exija que a UNIFIL cumpra plenamente seu mandato e aprofunde suas operações. Isso inclui assegurar que a UNIFIL tenha acesso irrestrito a qualquer área no sul do Líbano, incluindo terras privadas e públicas. Que a UNIFIL tem a capacidade de chegar a qualquer área rapidamente, antes que evidências sejam encobertas. E que a UNIFIL forneça relatórios detalhados de quaisquer violações à ONU e a Israel em tempo hábil.
Espero que o Conselho de Segurança defenda a verdade, a paz e a segurança. Espero que tome a ação necessária, a ação correta, a ação moral. E, enquanto isso, Israel continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e defender nossas fronteiras".