
"Disseram-nos que éramos judeus e que tínhamos dinheiro. Ataram o meu filho, deram um pontapé nas costelas da minha mulher, bateram-me e fiquei inconsciente. Ataram-nos, no quarto, em cima da cama. Disseram-nos que nos matavam se nos mexêssemos. Quando viram que não nos impressionavam, pegaram numa chave de fendas e encostaram-na ao meu pescoço aí senti que era grave", recordou Roger Pinto.
Os suspeitos foram presos mas o medo persiste e espalha-se entre a comunidade. Uma escola judaica de Paris, que se afirmava como um local de ensino aberto a toda a sociedade, tem medo de expor os estudantes ao perigo.
"Houve uma altura em que tínhamos oito soldados armados de forma permanente. As crianças judias interrogam-se por que razão é preciso ter militares na escola?", contou Cohen Solal, diretor da instituição.
Entretanto os soldados deixaram a escola, mas, o estabelecimento é vigiado pela polícia e por um grupo de pais.
"As famílias sentem-se mais seguras, mas a segurança tem um preço, as pessoas vivem fechadas em si próprias", acrescentou o responsável.
De acordo com a investigadora Nonna Mayer, o número de atos antissemitas cresceu fortemente desde 2000, com o aumento das tensões no Médio Oriente.
Devido ao medo, muitos decidem partir. Estima-se que todos os anos, há três mil judeus a sair de França, para ir viver, principalmente, para Israel.
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