Mais de 20 mil pessoas vão às ruas de Tel Aviv em manifestação contra o controverso plano do governo Netanyahu de expulsar dezenas de milhares de imigrantes eritreus e sudaneses.Sob o lema "somos todos humanos", mais de 20 mil pessoas foram às ruas de Tel Aviv no sábado (24/03) em protesto contra os planos do governo Benjamin Netanyahu de expulsar dezenas de milhares de eritreus e sudaneses de Israel.
O plano, que afetaria até 40 mil imigrantes, está atualmente suspenso, por ordem da Suprema Corte. O governo tem até esta segunda-feira para dar mais informações ao tribunal. Em fevereiro, sob protestos, o processo de deportações chegou a ser iniciado.

A nova política do governo para imigrantes africanos foi condenada publicamente por personalidades, coletivos de rabinos, escritores, acadêmicos, médicos e sobreviventes do Holocausto, que enviaram cartas às autoridades israelenses solicitando sua anulação. Eles dizem que as deportações ferem a ética e a imagem de Israel como um país que protege refugiados.
Dezenas de imigrantes reclusos em um centro de detenção em Holot, no sul do país, já receberam cartas com ordens para abandonar Israel. A eles foi apresentada a opção de voltar ao seu país ou viajar a Ruanda se não quiserem ser presos indefinidamente.

A maioria dos imigrantes africanos entrou clandestinamente no país pela fronteira egípcia do Sinai. O governo israelense, porém, construiu um muro que agora separa ambos os territórios.

Segundo pesquisa de fevereiro do jornal local Haaretz, dois em cada três israelenses apoiam o plano do governo.