Durante uma visita ao museu do Holocausto em Israel, o secretário-geral da ONU prometeu combater todas as formas de racismo e de fanatismo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu esta segunda-feira que o antissemitismo continua vivo no mundo e prometeu combater todas as formas de racismo e de fanatismo, durante uma visita ao museu do Holocausto em Israel.
"Penso que o horror do Holocausto foi tal que o antissemitismo devia estar morto para sempre", disse Guterres no Yad Vashem em Jerusalém, adiantando ter ficado chocado "ao ouvir o canto de um grupo de neonazis num país desenvolvido do mundo, entoando 'sangue e solo', o slogan dos nazis".
Guterres chegou no domingo para uma visita de três dias a Israel e aos territórios palestinianos, a primeira desde que assumiu funções em janeiro.
O secretário-geral das Nações Unidas já esteve com o presidente israelita, Reuven Rivlin, que pediu a António Guterres para conter o que descreveu como "a discriminação contra Israel" por parte de algumas agências da ONU.
Não se trata da primeira vez que Israel critica o tratamento que lhe é dado pelas Nações Unidas, organização que aprova muitas vezes comunicados condenando a política de colonização israelita, que considera um obstáculo para a paz na região.
Guterres salientou o seu compromisso com a imparcialidade, de "tratar todos os Estados com igualdade", adiantando que aqueles que apelam à destruição de Israel se dedicam a uma "forma moderna de antissemitismo".
Disse ainda que nem sempre concorda com as políticas do governo de Israel, como acontece com outros governos.
Guterres deve encontrar-se hoje com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, com o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman e com o líder da oposição Isaac Herzog.
Na terça-feira tem previsto um encontro com o primeiro-ministro palestiniano Rami Hamdallah, na Cisjordânia, e na quarta-feira deverá deslocar-se à faixa de Gaza para visitar projetos da ONU no enclave.
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