A carioca Yamit Cohen, de 26 anos, tem todos os prediletos necessários para ser uma autêntica garota de Ipanema. Nasceu no bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro , é linda e poderia ser musa de qualquer poeta. O que ninguém imagina é que Yamit , apesar de ser doce, não é uma mulher frágil. Ela luta Jiu-jitsu, já fez krav maga e saber se defender como poucos.
Morando atualmente em Israel, Yamit é consultora de segurança e serviu o exército israelense . Por dois anos, ela foi uma das responsáveis pelo monitoramento e vigilância da Faixa de Gaza, uma das áreas mais violentas do mundo. E tirou tudo de letra. A carioca já sofreu uma tentativa de assalto, no Leblon, na Zona Sul. E usou seus conhecimentos para colocar os bandidos para correr.
Com farta experiência no ramo, a consultora de segurança deu alguns conselhos que podem ajudar aos cariocas a escapar dos bandidos. Um deles, é que as mulheres evitem andar com bolsas repletas de apetrechos.
— Nada de bolsas de mulheres com muito e peso e besteiras. Só o necessário. Procuro andar na rua com as mãos livres, pois assim estou mais preparada para qualquer imprevisto, até mais leve para correr. Olhar sempre para os lados quando for virar e entrar em novas ruas. Não andar desligado com fones de ouvido. O Brasil não é um lugar que permite isso. É difícil andar 100% do tempo atento na rua. Mas, são nos 10% que você está desligado é que te roubam — disse Yamit.
Yamit trabalhou no Rio de Janeiro, entre 2016 e o início de junho de 2017. Foi responsável por consultoria de segurança e chegou a começar a fazer um projeto para as empresas interessadas em se precaver contra o roubo de cargas. Voltou para Israel para participar de um projeto na área esportiva.
— No Rio, atuava em vários casos. Em consultoria de segurança vips, de grandes empresas, de circuito de câmeras e por aí vai. Voltei pra Israel há uma semana pra fazer um projeto previsto para um dos maiores eventos do esporte no mundo, que são as Macabíadas.
Acontece a cada quatro anos, em |Israel, e reúne judeus do mundo inteiro. É como se fosse uma olimpíada para judeus. A previsão é que tenha início em julho — disse a consultora de segurança, que é formada em diplomacia e relações internacionais.
Yamit é de família judia. Foi para Israel com apenas 4 anos de idade. Mas, todo ano visita a cidade maravilhosa.
— A violência do Rio de Janeiro me preocupa muito. Eu sempre gostei muito do Rio. Tanto que sempre vi a cidade como sendo a minha casa. Tenho tios, primos e avós no Rio. Sempre passei uns nove meses em Israel e uns dois ou três meses no Rio. No momento não tenho interesse em voltar a morar no Rio. É muito diferente a segurança do Brasil e de Israel. É claro que os problemas do dia a dia são diferentes. Em Israel, você não tem problema de andar na rua, de dia ou de noite, de andar com celular ou coisa valiosa. Os riscos são nas fronteiras e em momentos de batalha — completou.