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Milagres, você acredita ?


Milagres, você acredita ?
As pessoas com frequência falam sobre milagres. Existem aqueles que acreditam firmemente que milagres acontecem em nossas vidas, e também céticos totais e aqueles que não acreditam. Mas antes de discutirmos e debatermos o tema, não seria inteligente primeiro definir o significado de um milagre?

A maior parte das pessoas associa um milagre com um evento sobrenatural – uma suspensão da ordem natural das coisas. A abertura do mar é um exemplo típico de um milagre desses. Imagine se o Oceano Atlântico ou o Pacífico de repente se abrissem em dois, deixando no meio um caminho para as pessoas atravessarem. Ou imagine o sol parando no céu durante várias horas. Esses são eventos mágicos paranormais que desafiam as leis da natureza e são impossíveis de explicar cientificamente.
Mas é essa a verdadeira definição de milagre?
O Baal Shem Tov afirma que a diferença entre um milagre e um evento natural é somente a frequência. “Um milagre é um evento inusitado, uma coisa nova que acontece pela primeira vez na natureza. Mas depois que passa a se repetir, também se torna natureza.” Em outras palavras, “milagre” e “natureza” não são objetivamente diferentes; são distinguidos simplesmente pela nossa atitude. Vemos algo novo e inusitado como um milagre. Mas se acontece repetidamente – apesar de sua personalidade miraculosa – nós o chamamos de “natureza”. Nossas personalidades instáveis então consideram essa ocorrência “natural” comum e monótona e continuamos procurando uma novidade, algo novo, qualquer coisa que pareça diferente e nos deixe empolgados.
Verdade seja dita, não entendemos realmente as “leis” da natureza. Sim, a natureza funciona segundo um projeto que aceitamos como normal. Mas embora isso torne a vida mais previsível e, portanto, confortável, não necessariamente a deixa mais compreensível. Quando sabemos, por exemplo, que o sol vai surgir amanhã cedo, temos uma sensação de ordem e controle; mas ainda não temos ideia sobre por que a natureza foi criada dessa forma. Apenas porque rotulamos algo de “natural”, isso não significa que entendemos melhor do que compreendemos um “milagre”. Nós não o consideramos como um evento “natural” fora do comum, embora na verdade seja simplesmente um milagre que se repete sem parar.
Esta é uma característica humana inerente – ficamos tão acostumados a algo que, não importa quão extraordinário possa ser, nós o aceitamos como normal. Precisamos constantemente de uma nova onda de empolgação para que nosso interesse seja despertado. Existe um milagre maior que a vida em si mesma? Veja a respiração humana: uma pessoa que chegue aos 80 anos terá tido 700 milhões de respirações durante a vida! Não é milagre que possamos inalar e exalar centenas de milhões de vezes no decorrer da vida, sem falhar?
Quando visitamos alguém com dificuldade, D'us não o permita, para respirar, logo entendemos o milagre envolvido nisso. Mas em nossa própria vida, como respiramos sem parar, isso para nós perde o toque milagroso. Devido à sua regularidade nós não levamos em conta – pensamos sobre isso como… “natureza”.
A vida em si é um milagre? Quais são as dificuldades dos 75 trilhões de células no corpo humano trabalhando passo a passo e nos permitindo desfrutar da nossa saúde?
Não admira que o Rei David nos lembre ao final dos Salmos: toda alma louva a D'us. A cada vez que respiramos deveríamos estar louvando a D'us.
Os milagre, portanto, estão todos ao redor de nós. Nós os deixamos de lado porque os vemos acontecendo de maneira tão “regular” e “consistente”, mas isso não significa que não sejam um milagre. Os milagres abundam em toda parte. Apenas temos de fazer uma pausa e apreciarmos. Um milagre então é ver o extraordinário no ordinário, e o sobrenatural no natural. Ao reconhecer que não importa quantas vezes um milagre se repete, o milagre não enfraquece (mesmo que nosso interesse o faça).
Agora, baseado nessa nova definição de milagre, pergunte a si mesmo: Você acredita em milagres?
Precisamos de fé para dar valor aos milagres em nossas vidas – na nossa saúde, na natureza, em nossos filhos, na magia que nos cerca?
O Baal Shem Tov plantou o alicerce e nos ensinou como ver e tocar o milagre: Enxergando o extraordinário no ordinário. Alguém poderia dizer: “Se pelo menos eu visse um milagre, então acreditaria, então isso mudaria minha vida!”
O que estamos esperando – a abertura do mar? Os milagres estão acontecendo ao nosso redor o tempo todo! A própria vida é um milagre; considere por um momento a impressionante maravilha do nascimento de um ser humano. Na verdade, muitas vezes nos referimos ao nascimento como um milagre; por que, então, esquecemos com tanta facilidade que toda pessoa na terra é produto de um milagre?
Como estamos tão envolvidos pela luta diária para sobreviver, pelas nossas responsabilidades e obrigações, tendemos a ignorar fatos tão simples. O próprio ruído da vida abafa o som subjacente daquilo que deveria ser real para nós. Não é que não acreditemos em milagres; simplesmente deixamos de reservar um tempo para apreciá-los. Ver um milagre significa valorizar o incomum dentro do comum, o extraordinário dentro do ordinário.
Quando você é capaz de reconhecer o extraordinário dentro do ordinário, ocorrências sobrenaturais não são tão significativas. Sua fé – e sua vida – não dependem desses milagres, pois você tem um relacionamento maduro com uma realidade que é mais elevada que você mesmo, e percebe que o supremo milagre é nossa própria existência.
Apenas contemple o impressionante traçado e o equilíbrio dentro de qualquer família do reino animal, vegetal ou mineral, para não mencionar a beleza do corpo humano ou a elegância do sistema solar. O milagre da natureza não é encontrado em eventos que ocorrem uma vez na vida, mas sim na regularidade incansável.
Enquanto toda criação feita pelo homem é efêmera, toda parte da natureza é ilimitada, permanente e inexplicável – numa palavra, miraculosa.
Sim, podemos explicar muitos eventos, até os “miraculosos”. Porém mais uma vez, uma boa mente pode explicar qualquer coisa. Assim como você tem uma escolha em tudo que faz, pode usar sua mente para procurar os milagres da vida ou para negá-los. Somente você vai saber o grau de sinceridade com o qual está tentando entender sua vida e instilar nela um significado.Ao olhar sinceramente para sua vida, você vai reconhecer os milagres dentro da natureza e o milagre da natureza em si. Vai reconhecer a Divina providência em todas as suas atividades. Aprenderá a valorizar os milagres da sua própria vida – os sucessos que alcançou e o próprio milagre da vida. Agradeça a D'us por esses milagres; não os tome como garantidos.E finalmente, você vai entender que o mundo ao seu redor está passando por milagres dentro de milagres, uma revolução que vem de dentro.
Assista a um lindo pôr do sol. Ouça uma comovente sinfonia. Aspire uma delicada fragrância. Prove um vinho delicioso. Toque a face suave de uma criança. Esses são nossos cinco sentidos funcionando – aceitar e experimentar a estética do nosso universo.
Porém o que mais entra pelas nossas portas sensoriais? O quanto somos estimulados – super estimulados – pela infinitude de imagens, sons, cheiros, sabores e toques inundando nossas interações diárias? E que impacto isso tem sobre nós?
Somos produtos, talvez até vitimas, das forças que seduzem nossos sentidos? Pense na televisão: alguém conhece os efeitos duradouros que o estímulo visual tem sobre nossa psique? O quanto está diminuindo nossa sensibilidade para “ver”, “ouvir” e sentir os aspectos mais sublimes da nossa vida – o invisível e o etéreo?
Quando observamos o mundo ao nosso redor, as pessoas, eventos e experiências da nossa vida, o que deveríamos estar procurando? Quando estamos buscando um relacionamento amoroso – ou ao lado da pessoa que amamos – como asseguramos que estamos olhando para as coisas importantes que têm valor, e não para exterioridades superficiais? E como atingimos essa perspectiva quando somos inundados com o interminável fluxo de informação que assalta nossos sentidos, diminuindo e distorcendo nossas prioridades?
Está na hora de reconhecer que o mundo está caminhando para a redenção – e que é sua escolha, somente sua, ser parte dela.
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