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Jerusalém é uma cidade israelense normal fora dos muros

Jerusalém é uma cidade israelense normal fora dos murosQuando a loucura da Cidade Velha lhe parecer um pouco demais, há todo um mundo ao redor para se refugiar e que, como a imensa maioria dos hotéis fica fora, é o caminho natural. 

Não que o restante da cidade seja menos intenso. O futuro até dá as caras, travestido de trens de superfície que mais parecem erro da equipe de direção de arte. 

E, para entender que a progressista Tel-Aviv está a 1 hora de distância, mas a anos-luz de separação, nem é preciso ir ao extremo de passear nos bairros judeus ultraortodoxos, como Mea Shearim, onde cartazes nas ruas pedem
Judeu ortodoxo no bairro Mea Shearim,
em Jerusalém (David H. Wells/Getty Images)
para que as mulheres se vistam “modestamente” para não ofender os moradores. Ou na área árabe de Jerusalém Leste, onde nem é preciso escrever – olhares vão lhe dizer isso. Há também muito que ver do lado de fora. 

Sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus viveu
na Galileia (Cindy Wilk)
Jerusalém é uma cidade israelense normal fora dos murosOutras sinagogas, mesquitas, igrejas históricas em lugares bíblicos – no Monte das Oliveiras, com seu Getsêmani, ou em Ein Kerem. 

Sem falar nos sítios arqueológicos importantíssimos, como a Cidade de David, onde de fato ficava Jerusalém na época do rei judeu, com seu sistema de armazenamento de água cujos túneis podem ser percorridos em um programa bem à la Indiana Jones – com água pelo joelho – e que acabam na bíblica piscina de Siloé, onde Jesus teria curado um cego. 

Ainda para quem gosta de história há o ótimo Museu de Israel, onde estão os Pergaminhos do Mar Morto, e o obrigatório Yad Vashem, o Museu do Holocausto. Gourmands e gente curiosa em geral se deliciam no gigantesco Mercado Mahane Yehuda, onde se vende kipá – o solidéu – ao lado de melancias. 

E, na sexta-feira de manhã, a cidade inteira baixa lá para comprar víveres que garantam a sobrevivência durante o Shabat, quando praticamente tudo fecha, ônibus não circulam e turistas incautos têm de rezar muito para encontrar algum lugar para comer um mísero faláfel.


Deserto de água salgada: a incrível sensação de boiar no Mar Morto

Viajantes boiam na praia do Mar Morto (Patrick Syder/Getty Images)
Não importa se em uma caravana liderada por um pastor, no caso dos evangélicos, em peregrinações com missas diárias, em se tratando de católicos, ou alugando um carro e indo por conta própria achar seu caminho espiritual, no caso de gente como eu, que ouve os conselhos do beduíno Samir: em geral, depois da intensa Jerusalém, o caminho natural é boiar merecidamente nas águas relaxantes do Mar Morto.
Os que estão em grupo têm mais facilidade de, no trajeto, passar pelos importantes locais santos que ficam na Cisjordânia – nas cidades de BelémJericó e seus arredores.
Já para quem está em carro alugado, com placa israelense, não é recomendável sair das estradas controladas por Israel para entrar na Cisjordânia. Melhor combinar com um motorista de táxi ainda em Jerusalém e fazer um bate e volta.
Boiar no Mar Morto não é milagre, mas ciência. A 400 metros abaixo do nível do mar, a concentração de sal na água é tão absurda que se veem até as placas.
Já substâncias como bromina, magnésio e iodo funcionam como relaxantes naturais, e, somadas a uma lama que dizem também ter propriedades que fazem bem para a pele, o lugar insalubre no meio do deserto, que era refúgio de quem por algum motivo queria se esconder do mundo, virou a terra prometida para os loucos por spa.
Não é força de expressão. Foi na Fortaleza de Masada que os judeus revoltosos contra a dominação romana foram se esconder – e resistiram a anos de cerco por parte das legiões romanas.
Foi em Qumran que os essênios se isolaram para passar os dias produzindo os Pergaminhos do Mar Morto.
Um pouco mais ao norte, antes de o Rio Jordão desaguar no Mar Morto, está o exato ponto em que Jesus teria sido batizado por João Batista.
Zona de fronteira com a Jordânia cercada por campos minados, quem fosse a Qasr al Yahud de 1948 a 1994 levava chumbo. Por esse motivo se criou um lugar alternativo – Yardenit – bem mais ao norte, já colado no Mar da Galileia.
Com o acordo de paz firmado entre Israel e a Jordânia, Qasr foi reaberto em 2000 com infraestrutura bacana e clima sossegado, apesar dos soldados armados de ambos os lados da fronteira, que nesse ponto é uma corda no meio do rio.
“Durante a Epifania, de 14 a 18 de janeiro, cristãos ortodoxos do mundo inteiro vão se batizar ali. Fica tão cheio que se usam tonéis de plástico por falta de espaço”, conta Mochico.

As oliveiras do Getsêmani: algumas são da época de EC (Yadid Levi/Getty Images)


                                                                         
No alto de Masada, jovens judeus decidem rezar (Cindy Wilk)
                                                                       
Bike nas ruas de Jaffa (Atlantide Phototravel/Getty Images)
                                                                      
No mercado Mahane Yehuda, vende-se de kipá a frutas (Cindy Wilk)




Mais fotos: 

Jerusalém Moderna - Coisas Judaicas

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