
mente a última prévia antes da estreia do filme em junho, não traz absolutamente nenhuma novidade que deixe a plateia intrigada com a aventura solo da princesa amazona.
É, basicamente, uma versão esticada das mesmas imagens mostradas nos
dois teasers anteriores. Talvez a estratégia seja justamente mostrar pouco e
guardar as surpresas para o filme. Pode funcionar. Com breve histórico do
Universo Expandido DC, porém, é uma aposta arriscada.
Antes de mais nada, o trailer. Como os outros filmes da DC, Mulher-Maravilha parece ter um visual mega caprichado,
com tratamento de cor para dar ao filme uma aparência distinta, “moderna”. O
pouco do plot revelado até agora mostra a princesa Diana (Gal Gadot), da ilha
que abriga as amazonas, treinando na arte do combate desde criança e
descobrindo, aos poucos, os “presentes” conferidos pelos deuses às guerreiras.
As cenas de seu treinamento são basicamente a única novidade do novo trailer. A
partir daí, é tudo igual. Estamos no auge da Primeira Guerra Mundial, e o coronel
Steve Trevor (Chris Pine) tem seu avião derrubado na costa da ilha. Resgatado
por Diana, ele fala sobre o conflito, impelindo a guerreira a abraçar sua
herança e lutar pela justiça no “Mundo do Patriarcado”.

A diretora Patty Jenkins, com tanta personalidade ao conduzir o drama Monster (que em 2003 deu o Oscar de melhor
atriz a Charlize Theron), parece ter mergulhado no modo “super-herói genérico”,
alternando cenas de ação eletrizantes com alguns momentos de leveza.
O que, no
fim das contas, é justamente o que os filmes da DC precisam. Ainda assim, não
há nenhuma pista sobre o antagonista da aventura (Danny Huston e Elena Anaya
parecem ocupar a vaga), e sua ligação com as amazonas permanece tênue – Ares,
deus da guerra, é o elo mais óbvio, mas ele não foi colocado sob o holofote até
agora. É muito provável que Mulher-Maravilha ganhe mais uma
prévia antes de sua estreia, de preferência um trailer que aborde mais a trama
e faça com que o público entenda que existe algo em jogo além de imagens
bonitas.
Mulher-Maravilha é, afinal, o quarto filme do UEDC,
seguindo O Homem de Aço (2013), Batman vs Superman e Esquadrão Suicida (ambos do ano passado). Nenhum deles incendiou as bilheterias, nenhum
deles criou o tipo de entusiasmo que justifique o investimento do estúdio neste
universo – a Warner parece muito mais confortável em seu “universo de monstros”
criado com Godzilla (2014) e estendido com Kong: A Ilha da
Caveira, que acabou de entrar em cartaz. Falta planejamento, falta uma visão
que unifique o projeto – que não veio de Zack Snyder, ou de Geoff Johns, ou de
Ben Affleck.
A essa altura, eu duvido que Flash ou Cyborg saiam do papel. Só um milagre pode fazer com que Liga da Justiça seja a aventura eletrizante que a
reunião da equipe promete.