Haifa (TPS) - Iman Kanju, uma professora de 44 anos, da cidade árabe de Shfaram, ao norte de Israel, foi condenada na terça-feira de manhã, 5/7, a 22 meses de prisão por tentativa de unir-se à organização terrorista Estado Islâmico, também conhecida como ISIS.
Segundo a acusação protocolada no Tribunal do Distrito de Haifa, Kanju, uma cidadã israelense, mãe de cinco filhos e uma estudante de doutorado em Estudos Islâmicos, pretendia usar sua formação educacional para ensinar a ideologia de Estado extremista islâmico sunita, que tem como foco a sharia (lei religiosa islâmica) e a jihad (guerra santa), para a nova geração de combatentes do grupo.
A acusação afirma que Kanju foi para a Turquia com seu pai em agosto de 2015 para uma viagem de família e então desapareceu.
Ao descobrir que Kanju estava desaparecida, o pai dela contou ao marido em Israel, e seu marido contatou as autoridades. Uma ação cooperativa da polícia de Israel, do Shin Bet, e das autoridades turcas descobriu que Kanju estava tentando atravessar a fronteira para a Síria para juntar-se ao Estado islâmico. Ela foi capturada e presa pelas autoridades turcas, juntamente com outras 30 pessoas de outros países que também tentavam juntar-se ao Estado Islâmico.
Kanju foi levada de volta a Israel e presa no aeroporto Ben-Gurion. Ela foi indiciada em setembro de 2015.
Durante seu interrogatório pelo Shin Bet, Kanju revelou que durante anos ela quis viver sob um regime islâmico estrito, como o do Estado Islâmico. Ela começou a compartilhar as atualizações do ISIS no Facebook e Twitter, e fez contato com um agente que lhe disse que poderia ajudá-la a entrar na Síria.
Kanju não tem antecedentes criminais, e sua família não sabia nada sobre seus planos. Além da pena de prisão de 22 meses, os juízes suspenderam a pena por um ano e deram uma multa de 30.000 shekels (cerca de 7.800 dólares).
Fonte: TPS / Texto: Michael Bachner / Tradução: Hannah Franco / Foto: Rami Shllush