Falamos todos os dias de manhã "Mode (o homem) ou Moda (a mulher) Ani lefanecha Melech Chai Vecaiam, shehechezarta Bi Nismatí, bechmla, raba Emunatecha !!!
Dou graças (ou agradeço) perante Ti (o Criador), Rei Vivo e existente, que devolveu minha alma com misericórdia, grande é a Sua confiabilidade (podemos confiar Nele).
A primeira coisa que tomamos ciência ao despertar pela manhã é de que estamos acordados e vivos. Quando nos deitamos na noite anterior, estávamos cansados e exaustos, ou “mortalmente cansados”.
Acordamos refrescados, de corpo e alma, como se estivéssemos renascendo. É no mínimo justo que agradeçamos a D-us por isso.
Nossos sábios contam que cada noite, quando adormecemos, nossa alma retorna ao seu domicílio Celestial e presta contas das boas e más ações que ela, em parceria com o corpo, praticou durante o dia. Com efeito, na prece antes de dormir dizemos; “Em Tuas mãos PENHORO (deposito) minha alma. Tu me redimiste, Senhor, D-us da Verdade”. (1)
Um penhor é algo que o devedor entrega ao credor como garantia de que a dívida será paga e, geralmente, o credor não devolve o depósito enquanto o devedor ainda lhe deve dinheiro. Mas D-us é muito misericordioso e, embora nos endividemos com Ele todos os dias, Ele nos devolve a alma.
Mas ainda, quando uma pessoa penhora um objeto, mesmo que seja novo, ele se torna velho e manchado até o dia da devolução. Mas D-us devolve o nosso “penhor” novo e polido, mesmo que tenha sido “usado”.
E assim está escrito; “São novos todas as manhãs. Grande é a Tua confiabilidade” (2). Como devemos ser gratos a D-us! (3).
Mode ani é pronunciada imediatamente ao acordar, antes mesmo de lavar as mãos, porque o nome próprio de D-us não é mencionado nesta prece, apenas a palavra “Rei”.
1 - Tehilim 31;6
2 - Echá 3;23
3 – Midrash Tehilim sobre Tehilim 31;6
Na verdade, em ivrit, a ordem deveria ser; “ani mode” - eu agradeço - e não “mode ani” – agradeço eu.
Nossos sábios explicam que para começar bem o dia, devemos fazer o possível de tirar o nosso “Eu” – e agradeçer mais a bondade que, as vezes, estão a nossa frente, e não temos “tempo” de perceber. Por isso, começamos com essa convicção e agradecemos ao Criador pela sua bondade e a Sua confiança em nós “humanos”.
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