
A decisão foi tomada após um funeral realizado na noite de segunda-feira, 23/5, que se transformou em manifestação de incitação e apoio ao terrorismo, violando um acordo anterior.
"As famílias mentiram para o Supremo Tribunal de Justiça quando prometeram obedecer às exigências da polícia", Erdan escreveu em sua página no Facebook. "É uma pena que o tribunal tenha acreditado neles e pressionado a polícia para devolver os corpos antes do mês do Ramadã", lamentou.
Israel concordou em liberar os corpos desde que as famílias consentissem com um enterro modesto, à noite, em vez de uma grande marcha fúnebre que incita à violência e glorifica o "mártir". Na segunda-feira à noite Israel entregou os corpos de três terroristas, um dos quais realizou, no início de março, um ataque com disparos no Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém. Os outros dois tentaram um ataque por esfaqueamento em um posto de verificação no final de abril.
Dois outros corpos foram liberados por Israel na sexta-feira passada, incluindo o do terrorista que em março esfaqueou até a morte o turista e veterano militar americano Taylor Force e feriu pelo menos outras dez pessoas no porto de Jaffa, enquanto o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, realizava uma reunião nas proximidades.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu havia delegado ao Ministério da Segurança Pública, de Erdan, e ao Ministério da Defesa a decisão de devolver corpos dos terroristas. O novo ministro da Defesa, Avigdor Liberman, tomou uma postura firme contra a liberação dos corpos de terroristas e criticou severamente Netanyahu por tal decisão há algumas semanas.
"A conduta de Netanyahu não é apenas uma vergonha, mas também compromete seriamente a dissuasão de potenciais terroristas e encoraja ataques terroristas", disse Liberman, instando o primeiro-ministro "para renunciar imediatamente".
Fonte: TPS / Texto: Jonathan Benedek / Tradução: Alessandra Franco / Foto: Hillel Maeir