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Novo ministro da defesa choca establishment político israelense

Novo ministro da defesa choca establishment político israelenseJerusalém (TPS) - A notícia de que Avigdor Liberman, presidente do partido de direita Yisrael Beiteinu, será o próximo ministro da defesa de Israel, abalou o establishment político de direita e de esquerda. Liberman, um ex-aliado durão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tem desejado a cadeira do Ministério da Defesa há anos, e parece que conseguiu, depois de um acordo firmado com Netanyahu na quarta-feira, 18/5.
A ascensão de Liberman ocorreu em um dia tumultuado de negociações e acordos de bastidores, na quarta-feira, em que tanto Liberman quanto o parlamentar Isaac Herzog, presidente do Partido dos Trabalhadores, historicamente de esquerda, competiam pelo cargo de ministro da defesa e pela chance de entrar no governo de Netanyahu.
"Lamento a decisão do primeiro-ministro. Eu não imaginava que ele faria uma manobra tão paradoxal e perigosa", disse o parlamentar Benny Begin, membro do partido Likud, de Netanyahu, em entrevista à rádio do Exército de Israel na última quinta-feira de manhã. "O primeiro-ministro ficou muito orgulhoso do que ele chamou de política de defesa ‘razoável, equilibrada e responsável’, enquanto que as declarações de Liberman deram uma impressão oposta."
Netanyahu também recebeu duras críticas dos partidos da oposição, incluindo do parlamentar Ofer Shelah, do partido Yesh Atid, que atacou Netanyahu dizendo, em um post no Facebook na quinta-feira, que ele trocou as posições mais sensíveis e importantes, como se nada mais importasse.
Liberman era um aliado de Netanyahu - os dois foram candidatos em um partido unido durante a eleição de 2013, depois Liberman se tornou ministro das Relações Exteriores - até que houve algumas desavenças, há dois anos. O partido Yisrael Beiteinu de Liberman permaneceu na oposição após a eleição do ano passado, e recentemente, em março, ele classificou Netanyahu como um "mentiroso, fraudador e desonesto".
Liberman tem sido um defensor frequente de uma resposta militar mais dura contra o terrorismo palestino, particularmente contra o grupo terrorista Hamas, que opera de dentro da Faixa de Gaza.
"A eliminação do Hamas é a principal missão do governo de Israel, e como ministro da Defesa vou realizá-lo", disse Liberman antes das eleições do ano passado. "Nós não vamos chegar a acordos e entendimentos com eles. O único acordo que pode ser alcançado com o Hamas é quando eles estiverem enterrados", disse ele, acrescentando que tal política israelense não pode ser implementada quando o governo é constituído por "uma coalizão de nerds".
O ministro das finanças, Moshe Kahlon, que lidera o Kulanu, um partido de centro, elogiou a decisão de incluir Liberman na quinta feira.
"Congratulo-me com a expansão do governo", disse Kahlon. "Desde os relatórios de nomeação de Liberman tem havido vozes criticando a sua aptidão para o trabalho. Eu sou pessoalmente contra e rejeito completamente as tentativas de desqualificar pessoalmente o parlamentar Liberman para a posição. Ele deve ser julgado como qualquer outro ministro."
O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, entretanto, emitiu um comunicado na quinta-feira descrevendo a nomeação de Liberman como "enviar uma forte mensagem ao mundo de que Israel prefere o extremismo" à paz.
Enquanto isso, têm aparecido informações de que Tony Blair, enviado do Quarteto para o Oriente Médio e ex-primeiro-ministro britânico, conivente com o secretário de estado dos EUA, John Kerry, e o presidente egípcio, Abdel Fatahal-Sisi, insistem em Herzog para o governo - um movimento supostamente concebido para facilitar um acordo de paz com os palestinos. De acordo com a reportagem do jornal israelense Haaretz, Blair até se reuniu com a parceira política de Herzog, a parlamentar Tzipi Livni, na casa dela em Tel Aviv nesta semana, apesar do fato de que ela ainda está em período de shivá - o ritual de luto judaico - pelo seu irmão.
Liberman está definido como substituto do atual ministro da defesa, Moshe Ya'alon, um membro sênior do Likud, que recentemente entrou em confronto com Netanyahu sobre uma série de questões relacionadas com a independência do IDF em relação ao establishment político.
Ya'alon, aparentemente aludindo à notícia de seu afastamento, informou na quinta-feira que Israel está enfrentando uma crise de liderança.
"Há uma perda de nossa bússola moral sobre as questões básicas", disse Ya'alon. "Se eu tivesse que dar uma dica de ouro seria de navegar com uma bússola em vez de um cata-vento. Navegação com a bússola é testada e comprovada, e é também uma questão de liderança”, concluiu.
Fonte: TPS / Texto: Michael Bachner / Tradução Bruno Scala / Foto: Hillel Maeir.

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