Israel faz minuto de silêncio para recordar as vítimas do Holocausto

Israel faz minuto de silêncio para recordar as vítimas do Holocausto

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Israel faz minuto de silêncio para recordar as vítimas do Holocausto

Israel respeitou nesta quinta-feira (5) dois minutos de silêncio a partir das 10h (4h de Brasília) para lembrar os seis milhões de judeus mortos pelo nazismo, no dia anual de recordação do Holocausto. Um chefe militar israelense provocou polêmica ao pedir um "exame de consciência nacional".

Durante os minutos de silêncio, os automóveis, transportes públicos e pedestres pararam nas ruas de todas as cidades do país, ao mesmo tempo que as universidades e escolas interromperam as aulas.

Os canais de televisão e as emissoras de rádio de todo o país, que também suspenderam seus programas, exibem desde quarta-feira reportagens e depoimentos sobre o genocídio, em particular sobre as atuais condições de vida dos últimos sobreviventes.

O presidente israelense, Reuven Rivlin, reconheceu na quarta-feira em uma cerimônia que o Estado "não tomou todas as medidas a seu alcance para cuidar dos sobreviventes da Shoah".

Israel faz minuto de silêncio para recordar as vítimas do HolocaustoTochas lembram 6 milhões de judeus em dia da memória do Holocausto

Quase 190 mil sobreviventes do Holocausto vivem atualmente em Israel, 45 mil deles abaixo da linha da pobreza, segundo uma fundação para o bem-estar destas pessoas.

Em 2007 Israel aprovou uma lei para aumentar as ajudas às vítimas, mas, de acordo com várias associações, o auxílio não é suficiente.
Polêmica
O chefe adjunto do Estado-Maior, Yair Golan, conhecido por seu estilo direto, declarou na quarta-feira à noite que o Holocausto deveria "nos fazer pensar sobre a natureza do homem, mesmo quando esse homem somos nós mesmos". Muitos críticos viram como argumentos para os inimigos do país.


"Se há algo que me preocupa nas comemorações da Shoah é ver esses processos nauseantes que ocorreram na Europa em geral, e em particular na Alemanha, há 70, 80, 90, e ver sinais disso entre nós em 2016", afirmou em um discurso no início das comemorações.

"Afinal, não há nada mais simples e mais fácil do que odiar o estrangeiro (...) despertar medo e intimidação (...) e se tornar um monstro, esquecer os seus princípios e ser feliz consigo mesmo", ressaltou.

Israel faz minuto de silêncio para recordar as vítimas do HolocaustoEstas declarações desencadearam um protesto unânime da direita israelense. O ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido nacionalista religioso Lar Judeu, exigiu desculpas "imediatamente (...) antes que os negacionistas transformem essas palavras equivocadas em emblemas e que nossos soldados sejam comparados aos nazistas".

Yair Golan declarou nesta quinta-feira, através do porta-voz do exército, que "não tinha a intenção de comparar o exército e o Estado de Israel aos horrores que aconteceram na Alemanha há 70 anos".

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