© Reprodução Israel Briga Maccabi Tel Aviv Bnei Sakhnin Campeonato Israelense
O empate por 0 a 0 entre o Bnei Sakhnin, único time árabe do Campeonato Israelense, e o tradicional Maccabi Tel Aviv terminou em pancadaria, xingamentos, prisões e acusações de de xenofobia de ambos os lados na última segunda-feira.
Depois de uma partida tensa (e decisiva para o Tel Aviv, que disputa o título), disputada com grande efetivo policial na cidade de Sakhnin, o técnico do Bnei, Yossi Abuksis, gritou contra membros da equipe adversária. O goleiro Predrag Rajkovic, do Maccabi, não gostou e empurrou o técnico rival, dando início a uma confusão entre todos os atletas.
Nas arquibancadas, o clima também esquentou, terminando com quatro prisões: dois torcedores do Maccabi, um do Bnei e um funcionário do estádio de Sakhnin.
De acordo com a mídia israelense, os protestos de Abuksis foram pela derrota por 3 a 2 para o próprio Maccabi Tel Aviv, na última quinta-feira, pela Copa de Israel, na qual os jogadores do Sakhnin reclamaram muito do primeiro gol adversário, marcado após suposto desrespeito ao fair play - o treinador do Bnei foi expulso pela arbitragem após confrontar o juiz.
Segundo o jornal Haaretz, no jogo de segunda, Abuksis foi reclamar com os adversários porque estaria sendo xingado incessantemente pela torcida rival. "Eles disseram coisas horríveis durante toda a partida, então resolvi protestar", afirmou.
Mas o capitão do Maccabi, Eran Zahavi, garantiu que os abusos aconteceram do lado árabe da arquibancada, com os torcedores do Bnei soltando cânticos xenófobos.
"Não sei se aqui é Israel ou Ramallah", disparou Zahavi, citando a cidade palestina. "Só sei que não me sinto nada seguro aqui", completou.
Com quatro jogos até o fim da temporada, o Tel Aviv é o vice-líder do Israelense, três pontos atrás do Hapoel Beersheba. Os dois clubes farão uma verdadeira "final" na próxima segunda-feira, quando se enfrentam na casa do Maccabi.