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Tempo ou dinheiro?

Tempo ou dinheiro?

Quando o assunto é felicidade, valorize mais seu tempo que o dinheiro.
Tempo ou dinheiro
Valorizar o seu tempo mais do que a busca por dinheiro – em outras palavras, só focar a vida profissional – pode aumentar seu nível geral de felicidade.
Seis experimentos, envolvendo mais de 4.600 participantes, mostraram uma divisão quase meio a meio entre as pessoas que tendem a valorizar o seu tempo e aquelas que dão mais valor à busca pelo dinheiro. E uma e outra escolha mostraram ser uma característica bastante consistente, tanto para as interações diárias, quanto para os grandes acontecimentos da vida, afirmam Ashley Whillans e seus colegas da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), que idealizaram e realizaram os experimentos.
Tempo é mais que dinheiro
Alguns dos experimentos usaram situações do mundo real, tais como perguntar aos participantes se eles preferiam um apartamento mais caro e mais próximo do trabalho, ou um apartamento mais barato, mas mais distante do local de trabalho. Os participantes também puderam escolher entre um curso universitário que lhes daria um emprego com maior jornada de trabalho e um salário inicial mais alto, ou um curso que resultaria em um emprego com um salário inicial mais baixo, mas menos horas trabalhadas por semana.
De forma muito consistente, aqueles que optaram por dispor de mais tempo do que de mais dinheiro sentem-se mais felizes com a vida em geral.
O sexo e a renda dos participantes não afetaram os resultados, embora não tenham sido incluídos participantes que vivam em um nível de pobreza que pode exigir que eles priorizem o dinheiro para sobreviver.
Como se concentrar no tempo
Mas como as pessoas podem se concentrar mais em seu tempo e menos no dinheiro?
Algumas ações podem ajudar a mudar a perspectiva, como trabalhar um pouco menos horas, pagar alguém para fazer tarefas de que não se goste, como limpar a casa, ou participar de programas de voluntariado. Enquanto algumas opções possam estar disponíveis apenas para pessoas com rendimentos mais folgados, mesmo pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença, defende Whillans.
“Ter mais tempo livre é provavelmente mais importante para a felicidade do que ter mais dinheiro,” disse ela. “Mesmo desistir de algumas horas remuneradas para se tornar voluntário em uma entidade pode ter mais retorno em seus investimentos para se sentir mais feliz.”

Os resultados foram publicados na revista Social Psychological and Personality Science.

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