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Morre Meir Dagan ex-chefe do Mossad

Morre  Meir Dagan ex-chefe do Mossad
Jerusalém, 17 mar (EFE).- O ex-chefe do serviço de espionagem israelense (Mossad) Meir Dagan morreu nesta quinta-feira, aos 71 anos, em decorrência de um câncer no fígado, indicaram fontes oficiais.

"O Mossad informa que seu ex-chefe faleceu esta manhã", expressou um comunicado da organização sobre um dos líderes militares do país e artífices da política de segurança de Israel nas últimas duas décadas.

Dagan, que lutava contra um câncer no fígado há anos, nasceu na Ucrânia em 1945 de pais sobreviventes do Holocausto, com quem emigrou para Israel cinco anos depois.

Após uma longa carreira militar ele foi para a reserva do exército como general, e em 2000 se filiou ao Likud, dirigido então por Ariel Sharon, que o pôs a cargo dos assuntos de segurança do país como homem de confiança e pouco visível.

Entre 2002 e 2011 foi chefe do Mossad, em que realizou um acompanhamento do programa nuclear do Irã e esforços israelenses para tentar impedi-lo, segundo a imprensa estrangeira especializada.

Ao contrário de outros altos comandantes retirados, Dagan foi a público contra o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para defender uma postura de contenção, assegurando a partir de 2011 que o programa nuclear iraniano não representava ainda uma ameaça vital para justificar um ataque aéreo de consequências imprevisíveis.

"Um bombardeio pode exatamente acelerar que consigam a bomba. Um bombardeio não freará o programa nuclear do Irã. Se atacarmos resolveremos os problemas políticos do Irã e colocaremos toda a população a favor do regime", costumava repetir, advertências que para muitos analistas frearam um possível ataque israelense entre 2012 e 2013.

Outra de suas famosas frases, dita ano passado durante o aniversário do assassinato de Yitzhak Rabin, foi de temer que Israel tenha ficado sem liderança.

"Minha lealdade é antes de tudo ao Estado de Israel e não ao primeiro- ministro. Temo pela liderança do país", afirmou, ao pedir uma mudança de dirigentes, que "sirvam ao povo e não a eles mesmos", o que foi interpretado como um claro ataque à classe política e em particular a Netanyahu.

Alguns analistas consideram que a descoberta do câncer em 2012 o deixou mais à vontade para falar com mais liberdade do que outros ex-altos comandantes.

Esse ano, Dagan se submeteu a um transplante em Belarus, mas que não impediu a propagação da doença. 
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