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Palmira na Síria - Coisas Judaicas |
Combatentes do Estado
Islâmico estão deixando nesta sexta-feira a estratégica cidade síria de
Palmira, ao mesmo tempo que os Estados Unidos disseram que provavelmente
mataram lideranças importantes do grupo militante nesta semana, incluindo o responsável
pelas finanças.
O golpe duplo para o grupo islâmico radical no seu
autodeclarado califado, que cobre grandes áreas da Síria e do Iraque, se dá
três dias depois de homens-bomba do Estado Islâmico terem matado 31 pessoas em
Bruxelas, no pior ataque desse tipo na história da Bélgica.
Soldados sírios que lutam para retomar a cidade de Palmira,
no deserto, do controle do Estado Islâmico recuperaram a antiga cidadela nesta
sexta-feira, segundo relatos de vários meios de comunicação. A cidadela tem
vista para algumas das mais extensas ruínas do Império Romano.
Muitos templos e tumbas de Palmira foram dinamitados pelos
combatentes do Estado Islâmico, no que as Nações Unidas descreveram como um
crime de guerra, embora imagens de TV nesta sexta-feira tenham mostrado pelo
menos algumas estruturas ainda de pé.
A reconquista de Palmira, que os militantes islâmicos
tomaram em maio de 2015, marcaria o maior revés para o Estado Islâmico na Síria
desde que a intervenção russa mudou a maré do conflito de cinco anos para o
lado do presidente Bashar al-Assad.
A cidade controla rotas para o leste em direção ao centro do
território mantido pelos militantes, incluindo a província de Deir al-Zor e a
capital de fato do Estado Islâmico, Raqqa.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de
monitoramento, afirmou nesta sexta-feira que um líder do Estado Islâmico havia
sido morto num ataque a seu carro em Raqqa na quinta-feira à noite.
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Tropas de Assad |
O grupo não identificou o militante morto, mas o secretário
de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, disse que o país acredita ter matado
Haji Iman, o apelido de Abd ar-Rahman Mustafa al-Qaduli, um alto líder do
Estado Islâmico responsável pelas finanças do grupo, e Abu Sarah, que, segundo
Carter, tinha a missão de pagar os combatentes no norte do Iraque.
As forças especiais dos EUA realizaram a operação contra
Haji Iman, disseram autoridades à Reuters. Umas delas afirmou que o plano era
capturá-lo, e não matá-lo. Contudo, depois que o helicóptero do comando foi
atacado, tomou-se a decisão de atirar do ar.
“Estamos sistematicamente eliminando o gabinete do Estado
Islâmico”, declarou Carter.
Também nesta sexta-feira, militares iraquianos afirmaram que
uma área de fronteira na região de Sinjar próxima à Síria foi tomada do Estado
Islâmico, cortando uma importante rota de suprimentos para os militantes.
Autoridades dos EUA afirmaram que estão ajudando os
iraquianos a se preparar para uma operação em Mosul para tomar mais território
do grupo militante.
PRÊMIO ESTRATÉGICO
A escala dos combates nesta sexta-feira pela cidade de
Palmira reflete o quão estratégico é o local, com jatos lançando dezenas de
ataques e soldados disparando morteiros, enquanto os militantes do Estado
Islâmico responderam com dois carros-bomba.
Os aviões russos continuam a dar apoio aos sírios, apesar do
recente anúncio da Rússia de que o país estava retirando as suas forças
militares.
Os aviões russos realizaram 41 missões da terça até a
quinta-feira em apoio à ofensiva contra Palmira, segundo agências de notícias
russas.