
Mais de 200 judeus foram levados secretamente do Iêmen para Israel nos últimos anos, no que pode ser a última onda de imigração do país, agora devastado pela guerra. Os ataques contra a comunidade judaica aumentaram à medida que o Iêmen entrou em guerra civil.
"Este capítulo na história de uma das mais antigas comunidades judaicas do mundo está chegando ao fim", acrescentou Sharansky. "No entanto, a excepcional contribuição de 2.000 anos, dessa comunidade para o povo judeu continuará no Estado de Israel".
Dentre os novos imigrantes também está incluída uma família de cinco pessoas da capital Sana'a. O pai do marido, Aharon Zindani, tinha sido assassinado em um ataque antissemita em 2012. A Agência Judaica arranjou para que os restos mortais de Zindani fossem levados para Israel para serem enterrados e, simultaneamente, coordenou a imigração de sua esposa e filhos.

Os ataques contra os judeus no Iêmen aumentaram significativamente a partir de 2008, quando o professor judeu Moshe Ya'ish Nahari foi assassinado em Raydah. Em 2012, Aharon Zindani foi assassinado em Sana'a, e uma jovem judia foi sequestrada, forçada a se converter ao Islã, e se casou à força com um homem muçulmano.
Como o Iêmen entrou em guerra civil e a situação humanitária no país piorou, a comunidade judaica se viu cada vez mais ameaçada.
Cerca de 50 judeus permanecem no Iêmen e optaram por permanecer no país sem infraestrutura judaica comunitária ou organizacional. Cerca de 40 deles estão na capital Sana'a, onde vivem em um complexo fechado, adjacente à embaixada dos EUA e se beneficiam da proteção das autoridades iemenitas.
Fonte: TPS / Texto: Michael Bachner / Tradução: Alessandra Franco / Foto: Cortesia