Gabinete do procurador do Distrito Sul de Israel apresentou uma acusação contra os árabes israelenses Khalil Nimri e Ashraf Salaimeh, no Tribunal Distrital de Beersheva recentemente.
Ambos são suspeitos de conspirar para ajudar o inimigo em tempo de guerra, por supostamente planejar bombardear um hotel na cidade meridional de Israel, Eilat. O plano foi descoberto graças a uma camareira do hotel com a ajuda de uma recepcionista, que desconfiaram do hóspede e denunciou para a polícia.
De acordo com o Gabinete, Khalil e Ashraf se reuniram há dois meses para planejar a execução de um ataque terrorista. Um dos acusados estava buscando vingança pela morte de seu amigo de infância Fadi Alum, que foi morto no dia 4 de outubro de 2015 durante um esfaqueamento em Jerusalém. Ashraf supostamente sentiu uma forte necessidade de realizar um ataque como parte da atual onda de ataques terroristas.
A acusação também indica que Khalil originalmente propôs cometer um ataque de esfaqueamento contra um judeu religioso. Ashraf aparentemente rejeitou a ideia, argumentando, em vez disso, por um ataque muito maior e mais significativo. Ashraf sugeriu um plano que Khalil concordou, no qual eles iriam plantar uma bomba em um hotel em Eilat.
Os réus fizeram uma série de preparativos, a fim de implementar o ataque, entre os quais incluíram observações de fora do hotel e obter informação sobre um grupo religioso que planejava ficar no hotel. Um dos réus também assistiu vídeos na Internet que mostram como construir uma bomba.
Em 30/11, Ashraf chegou ao hotel, a fim de obter informações e fazer os preparativos preliminares para o ataque. Ele criou a falsa impressão de que estava interessado em se hospedar em um quarto do hotel por um determinado período e pediu para ver os diferentes quartos do hotel para tomar uma decisão. Ashraf disse que ele estava interessado em ficar num quarto localizado abaixo da sala de jantar, onde ele estava planejando esconder a bomba.
Foram as perguntas de Ashraf sobre as várias entradas do hotel, a ocupação geral, e do grupo religioso se hospedando no hotel, que despertou as suspeitas do recepcionista e da camareira. Depois que Ashraf deixou o hotel, o recepcionista e a camareira alertaram a gerência do hotel e a segurança sobre suas suspeitas, o que levou à prisão de Ashraf e Khalil.O caso foi investigado pela Agência de Segurança de Israel e unidades policiais israelenses.
Outro incidente em Jaljulia
Outro incidente de atividade terrorista planejado por árabes israelenses foi também recentemente liberado para publicação. Quatro moradores de Jaljulia, uma cidade árabe no centro de Israel perto de Kfar Saba, foram presos em novembro por tráfico de armas e por envolvimento em conduta desordeira do mês anterior.
Yahya Abu Hajla, Firas Feki, Muhammad Fayoumi e Udai Harbush, todos cidadãos israelenses que residem em Jaljulia, foram detidos em uma operação conjunta da polícia de Israel e do Shin Bet (Serviço de Segurança Geral).
Os quatro estavam envolvidos em motins violentos, queima de pneus e em atirar pedras em policiais durante os recentes acontecimentos de outubro. O interrogatório revelou ainda que eles planejavam atirar em um veículo da polícia ou incendiar a delegacia de polícia local usando coquetéis Molotov, mas eventualmente recuaram devido ao medo de serem pegos.
O Shin Bet disse em um comunicado, que é provável que as detenções "impediu novos e mais significativo envolvimento na atividade terrorista". Fayoumi e Abu Hajla foram indiciados por tráfico de armas, e Feki, Abu Hajla e Harbush foram acusados de conduta desordeira.
Fonte: TPS / Texto: Jonathan Benedek - com contribuição de Michael Bachner / Tradução: Alessandra Franco / Foto: Kobi Richter/TPS - vista aérea de Eilat.