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Dani Dayan - Coisas Judaicas |
Forças Armadas criticaram a decisão do Itamaraty de não
aceitar a indicação de Dayan, que aguarda desde o início de agosto para receber
seu (sinal verde) para ser o novo embaixador de Israel no Brasil.
O motivo da demora seria o fato de Dayan ter presidido, de
2007 a 2013, o Conselho Yesha, que representa 500 mil colonos israelenses na
Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O Brasil se opõe à política de
assentamentos, que inviabiliza a solução de dois Estados um para Israel, outro
para os palestinos na região.
Em entrevista à nesta semana, um membro do alto escalão das
Forças Armadas brasileiras disse que o impasse poderia atrapalhar a
transferência de tecnologia entre os dois países.
É falta de visão geopolítica e de objetividade de ações.
Para as Forças Armadas, ficou uma situação muito sensível, pois nossa parceria
com empresas israelenses de alta tecnologia é muito grande, afirmara o militar
à Folha.
INTERCÂMBIO
Em 2014, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento,
Israel exportou para o Brasil US$ 10,527 milhões em peças para aviões e
helicópteros e US$ 1,83 milhão em instrumentos para navegação aérea e espacial.
As Forças Armadas compraram em 2014 um drone (veículo aéreo
não tripulado) israelense por US$ 8 milhões.
Amorim afirma ser favorável à intensificação da relação
comercial com Israel, tanto que foi
em minha gestão que o MERCOSUL assinou acordo de livre comércio com o país
(assinado em 2007, começou a vigorar em 2010). Mas usar a exportação de
tecnologia como fator de pressão, para ele, não é aceitável.
O Ministério israelense das Relações Exteriores anunciou a
designação de Dayan publicamente antes de comunicá-la ao governo brasileiro.
O Itamaraty estaria agora esperando que o governo israelense
indicasse outro embaixador em vez de Dayan.