Seguindo uma decisão da União Europeia de rotular produtos de fábricas israelenses localizadas na Judéia e Samaria, os novos dados divulgados pelo Conselho da Judéia e o Departamento de Pesquisa da Samaria revelaram as vantagens significativas destas fábricas para os empregados palestinos e para a economia palestina de modo geral.
Existem atualmente 14 áreas industriais israelenses por toda a Judéia, Samaria e o Vale do Jordão, que mantém aproximadamente 890 fábricas.
Essas fábricas empregam cerca de 24 mil trabalhadores, e a maioria são palestinos. Cerca de 15.300 palestinos estão empregados nas fábricas, o equivalente a 62% de todos os empregados.
Esses empregados palestinos ganham, em média, mais que o dobro da média salarial que se ganha na economia palestina.
Isto significa que, devido ao emprego nas fábricas israelenses, mais de 15 mil trabalhadores palestinos ganham um salário acima do que ganha os 100 mil palestinos residentes nos territórios palestinos.
"Se a União Europeia rotular (os produtos israelenses) isso causará danos às fabricas, e os primeiros afetados serão os empregados palestinos que serão demitidos por causa da diminuição da produção", afirmou Yigal Dilmoni, vice-presidente do Conselho da Judéia e Samaria, a Agência Tazpit (TPS).
Apesar de iniciativas de boicotes, entre 2011 e 2015 o número de fábricas na Judéia e Samaria aumentou de 680 para 890, um crescimento de quase 30%. Igualmente o número de empregados palestinos nestas fábricas aumentaram significativamente aproximadamente 25%, de 12.300 em 2011 para 15.300 em 2015.
Esses dados indicam uma correlação direta significante entre o aumento do número de fábricas israelenses em Judeia e Samaria e o crescimento do número de palestinos empregados em indústrias israelenses.
“Supondo que essa tendência de crescimento no número de fábricas e empregados continue, isto vai fortalecer a economia da região a longo prazo, promover coexistência e prosseguir sendo a fonte de bem-estar para todos os moradores da região", dizia um pronunciamento feito pelo Conselho da Judeia e Samaria.
"Fortalecer a indústria e a agricultura na Judéia e Samaria é um desafio importante e estratégico para promover a coexistência e a paz econômica vital para o futuro da região", considerou Yigal Dilmoni em sua declaração à TPS.
"A decisão da União Europeia é discriminatória, já que eles não fazem isso a nenhum outro país exceto Israel, embora também existam conflitos em outros países", avaliou Yigal Dilmoni.
Para o vice-presidente do Conselho da Judéia e Samaria, os países europeus que aprovam essa decisão simplesmente provam que eles não são confiáveis e que não podem ser mediadores imparciais entre Israel e os Palestinos.