
Texto: Michael Bachner/ Fonte: TPS / Tradução: Graziela Dreilich / Foto: Courtesy
Jerusalém (TPS) - Centenas de manifestantes se reuniram em frente à sede do governo em Jerusalém, na manhã de segunda-feira, 16/11, exigindo que mais dinheiro fosse transferido para a cidade, de modo que medidas de segurança pudessem ser mantidas, juntamente com vários outros serviços municipais.
Os manifestantes, liderados pelo prefeito Nir Barkat e por membros do conselho local, argumentam que, ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, o ministro das Finanças Moshe Kahlon está se recusando a transferir os recursos necessários para manter a capital.
Sem as transferências de recursos, os manifestantes alertaram que ocorrerão cortes em efetivos, tais como guardas, veículos de patrulha e equipamentos para garantir a segurança da cidade e de sua vizinhança.
Centenas de jardins de infância por toda a cidade ficarão desprotegidos, eles avisaram, e assim estarão vulneráveis a ataques terroristas, que já se tornaram frequentes ultimamente. Quatorze israelenses foram mortos na atual onda de ataques e cerca de 165 foram feridos por todo o país.
Além disso, os manifestantes expressaram preocupações sobre os possíveis prejuízos à educação, bem-estar e serviços públicos, bem como à cultura local, o que poderia causar o fechamento de vários estabelecimentos.
O prefeito de Jerusalem, Nir Barkat, afirmou no protesto de segunda-feira que "Kahlon, o ministro das Finanças, se recusou a responder aos apelos de empresários que têm sofrido com a situação de segurança. Essa não é uma questão pessoal, é uma questão nacional, do interesse de todos os cidadãos israelenses. Durante estes tempos difíceis, Jerusalém deve estar acima de tudo."
"A maioria das empresas está passando por dificuldades financeiras, e ainda sofrem com as consequências da última operação em Gaza," avaliou Lili Ben Shalom, proprietária de um restaurante no centro da cidade. "Nós não sabemos quando cessarão os efeitos da onda de terror. Se o governo não transferir o dinheiro, centenas de negócios serão fechados", explicou.
De acordo com os manifestantes, Jerusalém demanda um aumento imediato do orçamento da ordem de 450 milhões de shekels (cerca de 115 milhões de dólares americanos).