Fundada no ano de 2013, a Escola Antonietta e Leon Feffer, Alef Unidade Paraisópolis, que inicialmente tinha apenas 30 alunos, oferece hoje a 90 jovens da comunidade, um ensino com a mesma qualidade, e com o mesmo corpo docente de sua unidade educacional destinada a jovens da comunidade judaica, dentro do Clube Hebraica, no Jardim Paulistano, em São Paulo.
A escola conta com parceiros como o Santander, que montou uma sala de informática de última geração para a unidade Paraisópolis, e com diversos outros doadores da comunidade judaica.
Seus alunos têm a oportunidade de receber um ensino com propostas pedagógicas diferenciadas, onde os trabalhos de síntese que realizam, que são trabalhos de monografia de iniciação científica, devem ter aplicações práticas na vida dentro da comunidade, valendo aproximadamente 1/4 de suas notas, assim como os simulados que estes alunos realizam também valendo nota.
Outra diferenciação de ensino reside no ensino da cultura judaica, que tem por objetivo diminuir o estigma existente sobre os judeus, e diminuir o antissemitismo.
Desde a fundação da escola, os estudantes vêm obtendo alto destaque em feiras educacionais, como na Mostratec - feira de ciências e tecnologia que ocorre anualmente em Novo Hamburgo-RS - e também alto índice de aprovação em vestibulares de universidades conceituadas, como a Fundação Getulio Vagas em São Paulo.
Os alunos e a escola têm o compromisso e a responsabilidade de “multiplicação do conhecimento através da prática”, tendo vínculo com a comunidade. O projeto de pesquisa de campo realizado na comunidade de Paraisópolis sobre como lidar com a crise hídrica é um exemplo disso, e foi destaque na Mostratec na área de humanidades. Foi desenhado e implantado dentro da comunidade na época da crise hidrica, de maneira a ajudar a comunidade a passar por esse contexto adverso.
Outro projeto implantado por alunos da Alef Paraisópolis, em outra escola dentro da comunidade, e que será apresentado para a Secretaria Municipal e Secretaria Estadual de Ensino, diz respeito a uma pesquisa de campo realizada em parceria com a Livraria da Vila, sobre a correlação entre o material escolar e o desempenho de crianças em fase de alfabetização. Pensando nisso, a partir da simulação de uma "lojinha", as crianças de uma sala de 3º. ano puderam escolher os materiais a serem usados por elas durante o ano letivo. Como resultado, foi obtida melhora de 20% nas notas dos alunos desta sala, em um acompanhamento realizado em três meses apenas, confirmando a hipótese inicial de que o modo como recebem esses materiais podem influenciar no aprendizado.
Entre os projetos realizados por alunos, que demonstram este forte compromisso de multiplicação na comunidade e responsabilidade com a mesma, foram também implantados, o projeto de “Cisterna na escola”, e o “Manual do gato elétrico adequado”.
Os alunos também têm estágios garantidos em organizações como a Dow Química e FBiz, agência de comunicação, entre outras.
Em média, são 170 inscritos para 30 novas vagas na Escola Alef Paraisópolis. Como conta sua coordenadora pedagógica, Nancy Nery, é importante que seja identificado comprometimento tanto por parte da família quanto por parte do candidato, para o obtenção de uma vaga, já que o cotidiano escolar exige dedicação intensa por parte dos estudantes. Neste ano, as inscrições fecharam em 26 de Outubro.
Este projeto da Escola Alef dentro da comunidade Paraisópolis, mostra como o comprometimento mútuo entre os agentes da educação e os estudantes, pode gerar frutos para a sociedade, através da oportunização do conhecimento.
Informações sobre como contribuir com este projeto podem ser obtidas com Fany Eskenazi Bliacheriene, através do email fany@alef.org.br e do fone (11) 3093-0830.
Por Bruno Scala e Nara Pinski– Shemá Agência de Notícias
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